O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, abriu em queda nesta quinta-feira (18), após a decisão do Copom de reduzir taxa básoca de juros de 3% para 2,25%, como o esperado pelos mercados, e de olho no noticiário político local.
Às 10h14, o Ibovespa caía 0,83%, a 94.752 pontos.
Já o dólar opera em alta pelo 7º dia seguido, voltando a superar R$ 5,35.
Na quarta-feira, a Bolsa fechou em alta de 2,16%, a 95.547 pontos. Na parcial do mês, o Ibovespa passou a acumular alta de 9,32%. No ano, tem queda de 17,38% no acumulado até a véspera.
No noticiário local, o destaque desta quinta-feira é a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro . O policial aposentado foi detido em um imóvel do advogado do parlamentar e da família Bolsonaro, em Atibaia (SP), em um desdobramento da investigação sobre 'rachadinhas' na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O tema repercute nas mesas de operação e, por ora, parece instigar cautela no mercado, mas sem um estresse exacerbado enquanto os agentes ainda esperam mais informações do caso, principalmente como será a resposta do presidente Jair Bolsonaro.
Na agenda de indicadores, o Banco Central mostrou que o nível de atividade da enocomia brasileira registrou retração de 9,73% e abril, na comparação com o mês anterior, de acordo com o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do PIB (Produto Interno Bruto). Trata-se da maior queda desde 2003.
Na véspera, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira de 3% para 2,25% ao ano. Esta foi a oitava redução consecutiva. A decisão foi unânime. O corte renovou o menor patamar histórico para a taxa Selic desde 1999, quando entrou em vigor o regime de metas para a inflação.
O corte de 0,75 ponto percentual na Selic veio dentro do esperado pelo mercado financeiro e a avaliação de economistas ouvidos pelo G1 é de que o BC deixou a porta aberta para um novo corte nos juros à frente, ainda que tenha considerado a última redução "compatível" com os impactos econômicos da pandemia de Covid-19.No exterior, a cautela permanece, com um pico nos casos de coronavírus na China e em alguns Estados norte-americanos desencadeando receios de uma segunda onda de contágio, fazendo recuar as esperanças de uma rápida recuperação da recessão econômica.
Nos EUA, o número de norte-americanos que solicitaram auxílio-desemprego caiu pela 11ª semana seguida, somando 1,508 milhão. Apesar da recuperação do mercado de trabalho na maior economia do mundo, o número ainda segue várias vezes superior ao da média de pedidos pré-pandemia.Fonte: G1