O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta terça-feira (22), embalado pelo cenário externo favorável, em meio a perspectivas mais favoráveis sobre as relações comerciais entre Estados Unidos e China e números melhores do que o esperado sobre o setor empresarial na Europa.
Às 10h15, o Ibovespa subia 1,23%, a 96.506 pontos.
Na segunda-feira, a Bolsa fechou em queda de 1,28%, a 95.335 pontos. Na parcial do mês, o Ibovespa acumula alta de 9,08%, mas no ano registra queda de 17,56%.
Já o dólar opera em queda nesta terça, negociado abaixo de R$ 5,20.
Nos EUA, os futuros acionários avançavam após o presidente norte-americano, Donald Trump, garantir que o acordo comercial com a China está intacto, em declaração no Twitter depois que o assessor econômico da Casa Branca, Peter Navarro, provocou estresse nos mercados ao dizer que o acordo havia acabado.
As bolsas da Europa subiam para uma máxima de quase duas semanas, impulsionadas pelos últimos dados econômicos que indicam que a atividade empresarial no continente está se recuperando mais rápido do que o esperado da crise causada pelo coronavírus.
Já a Organização Mundial do Comércio (OMC) projetou nesta terça um tombo de 18,5% no comércio mundial no 2º trimestre, mas passou a avaliar que a retração no ano será menos grave do que o inicialmente esperado graças à "reação rápida dos governos".
Na visão de Cutkovic, sobre o viés positivo nos mercados, investidores parecem menos preocupados com o aumento de novas infecções por coronavírus em todo o mundo. "Embora o aumento em novos casos seja um pouco preocupante, o risco de um segundo bloqueio é visto como baixo", afirmou.
Na cena local, o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual avaliou que o espaço para novo corte na Selic é "incerto e deve ser pequeno". No encontro, realizado na semana passada, a taxa básica de juros da economia brasileira foi reduzida em 0,75 ponto percentual, para 2,25% ao ano - nova mínima histórica.
O BC também destacou que o dados relativos ao segundo trimestre confirmam a perspectiva de "forte contração" do Produto Interno Bruto (PIB) no período e sugerem que a atividade atingiu o seu menor patamar em abril, com recuperação "apenas parcial" em maio e junho.
Os investidores seguem de olho também no noticiário político e desdobramentos da prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho do presidente Flávio Bolsonaro, da validação do inquérito das fake news pelo Supremo Tribunal Federal e da saída do governo do ministro da Educação, Abraham Weintraub.
Nesta terça, o Ministério Público e o Batalhão de Choque da Polícia Militar de Minas Gerais realizam uma operação na casa da madrinha de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, em busca da mulher dele, Márcia Oliveira Aguiar, que está foragida.
Fonte: G1