O volume de vendas do comércio varejista deve ser 8,3% menor em 2016 e o número de trabalhadores formais do setor deve recuar 3,3% até o fim do ano. A estimativa, divulgada nesta segunda-feira (11), é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Se confirmada a previsão, comércio brasileiros deverá fechar 253 mil postos de trabalho no ano. Em 2015, o número de trabalhadores formais caiu 2,3%, em comparação com o ano anterior, o que corresponde a 191,9 vagas de emprego a menos.

?O ajuste tardio no quadro de funcionários do varejo, associado à intensificação da retração das vendas em 2016, deverá levar o varejo a registrar queda no número de trabalhadores pelo segundo ano seguido?, analisou Fabio Bentes, em nota, economista da CNC.

Considerando o comércio ampliado, que inclui ainda o setor automotivo e as lojas de materiais de construção, o segmento deverá fechar 202,1 mil vagas (79,7% do total), segundo a entidade.

"Apesar da nítida perda de ritmo de atividade, a redução do número de empregados no varejo em relação ao mesmo período do ano anterior se deu somente a partir de agosto de 2015, quando as vendas já acumulavam recuo de 5,2% no mesmo intervalo de 12 meses", informou;

As projeções têm como base o comportamento no emprego do setor, a partir de dados do Caged do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

Retração em 12 meses

A CNC apontou ainda que os maiores recuos nos últimos doze meses terminado em fevereiro foram observados no Amapá (-5,4%), Espírito Santo (-4,0%) e Distrito Federal (-3,4%).

Nesses três casos, o volume de vendas nos últimos 12 meses encerrados em janeiro recuou mais (-15,5%, -18,3% e -12,7%, respectivamente) do que a média nacional (-9,3%).