A confiança do consumidor aumentou de abril para maio, segundo aponta pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador avançou 3,5 pontos, passando de 64,4 para 67,9 pontos. Nos dois meses anteriores, foram registradas quedas.
O que mais influenciou positivamente foi a melhora das expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice de Expectativas (IE), usado no cálculo do indicador de confiança, avançou 5,3 pontos e mostrou a maior alta desde outubro de 2011. Com a alta, o índice atingiu 71,1 pontos, o maior desde junho de 2015.
O Índice da Situação Atual (ISA), também utilizado no cálculo, subiu 0,8 ponto, atingindo 65,5 pontos.
Em relação ao presente, o indicador que mede o grau de satisfação dos consumidores em relação à situação financeira da família subiu 2,7 pontos em maio. O resultado reflete uma acomodação após o indicador ter recuado nos dois meses anteriores e atingido o mínimo histórico em abril (56,9 pontos).
Processo de mudanças
?Embora a alta do ICC somente compense a queda dos dois meses anteriores, houve expressiva melhora das expectativas em maio e, pela primeira vez desde dezembro de 2013, o consumidor não está pessimista em relação à evolução da economia nos meses seguintes. Como o novo governo não teve tempo para mudanças, parece que o desfecho da primeira fase do processo de impeachment alterou positivamente o humor de uma parcela dos consumidores, talvez em função da percepção de redução das incertezas?, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor, em nota.
Renda
A confiança aumentou em todas as classes de renda. A melhora mais expressiva ocorreu entre consumidores com renda familiar superior a R$ 9.600 mensais. Para esses consumidores, o índice de confiança cresceu 9,3 pontos, com perspectivas mais otimistas em relação à economia, às finanças pessoais e até quanto à intenção de compra de bens duráveis.
Fonte: G1