O índice de confiança do consumidor da Fundação Getulio Vargas caiu 0,3 ponto em julho, para 82 pontos, consolidando a tendência de queda sinalizada com o recuo de 1,9 ponto no mês anterior.
A queda do ICC em julho foi influenciada pela piora das perspectivas em relação à economia. O indicador que mede a variável recuou 2,2 pontos em relação ao mês anterior, para 106,9 pontos, o menor nível desde dezembro de 2016 (102,2 pontos). A instabilidade política parece continuar contribuindo negativamente para o resultado, segundo a FGV.
O recuo na confiança dos consumidores foi determinado pela continuidade da tendência de piora entre os consumidores com maior poder aquisitivo, enquanto nas faixas de renda mais baixas o resultado de julho caminhou no sentido oposto. Das sete capitais pesquisadas, houve queda da confiança em quatro.
Em julho, houve piora tanto das avaliações sobre a situação presente quanto das expectativas em relação aos próximos meses. O índice de situação atual variou -0,4 ponto, ao passar de 70,1 para 69,7 pontos, na quarta queda consecutiva. Já o índice de expectativas recuou 0,3 ponto, para 91,4 pontos, sinalizando aumento do pessimismo em relação à recuperação econômica.
O indicador que mede o grau de satisfação com a situação econômica atual caiu 0,4 ponto, para 77,1 pontos, o menor desde abril (76,9 pontos).
?A calibragem da confiança dos consumidores tem sido realizada principalmente nos indicadores de expectativas. Enquanto a incerteza estiver elevada, o consumidor deverá permanecer cauteloso na hora de assumir novos gastos de consumo.?, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor.