O governo informou nesta segunda-feira (22) que o déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sistema público que atende aos trabalhadores do setor privado, e também dos Regimes Próprios dos Servidores Públicos (RPPS), somente da União, subiram para R$ 268,79 bilhões em 2017.
Segundo números da Secretaria da Previdência do Ministério da Fazenda, o rombo é 18,5% maior que o registrado em 2016, quando somou R$ 226,88 bilhões. A piora foi de R$ 41,91 bilhões.
Somente no caso dos trabalhadores do setor privado, o INSS, o rombo subiu de R$ 149,73 bilhões, em 2016, para R$ 182,45 bilhões no ano passado, um crescimento de 21,8%, ou de R$ 32,71 bilhões. Já para o regime próprio dos servidores da União, o déficit subiu de R$ 77,15 bilhões, no ano retrasado, para R$ 86,34 bilhões em 2017 - uma alta de 11,9%, ou de R$ 9,19 bilhões.
Reforma da Previdência
Após a votação de nova denúncia contra o presidente Michel Temer, no fim do ano passado, a equipe econômica retomou as discussões sobre a reforma da Previdência e deu aval para uma proposta mais enxuta - sem alterações na previdência dos trabalhadores rurais e sem alterações nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O governo tem dito, porém, não abre mão de três pontos: equiparar as regras do setor público e do setor privado, instituir uma idade mínima de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres, e manter uma regra de transição por 20 anos (durante os quais seria possível se aposentar abaixo da idade mínima).
A expectativa do governo é de votar essa nova proposta no plenário da Câmara dos Deputados no dia 19 de fevereiro. O governo precisa obter 308 votos para alterar as regras previdenciárias. Depois da Câmara, a proposta também tem de passar pelo crivo do Senado Federal.
Fonte: G1