A dívida pública federal, que inclui os endividamentos do governo dentro do Brasil e no exterior, teve queda de 0,87% em janeiro, para R$ 3,52 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta segunda-feira (26). Em dezembro do ano passado, somava R$ 3,55 trilhões.
A queda da dívida pública no primeiro mês deste ano está relacionada com o alto volume de vencimentos, ou seja, de retirada de títulos públicos do mercado. No mês passado, esses resgates somaram R$ 109,31 bilhões e diminuíram a dívida nesta proporção.
Ao mesmo tempo, atuando em sentido contrário, de aumento da dívida pública, foram emitidos R$ 56,81 bilhões em papéis pela Secretaria do Tesouro Nacional, e as despesas com juros somaram R$ 21,76 bilhões.
A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, pagar por despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.
Quando os pagamentos e recebimentos são realizados em real, a dívida é chamada de interna. Quando tais operações ocorrem em moeda estrangeira (dólar, normalmente), é classificada como externa.
Em todo ano passado, a dívida pública teve aumento de 14,3%, segundo números oficiais. A expectativa da Secretaria do Tesouro Nacional, para este ano, é de uma nova alta, podendo chegar a quase 4 trilhões no fim de 2018.
Dívida interna e externa
No caso da dívida interna, foi registrado uma queda de 0,87% em janeiro, para R$ 3,40 trilhões, contra R$ 3,43 trilhões no fim do ano passado. Neste caso, o recuo foi de R$ 30 bilhões.
Já no caso da dívida externa brasileira, resultado da emissão de bônus soberanos (títulos da dívida) no mercado internacional e de contratos firmados no passado, o governo contabilizou uma queda de 0,76% no primeiro mês de 2018, para R$ 122,85 bilhões. A redução da dívida externa foi de cerca de R$ 1 bilhão.
Compradores
Os números do Tesouro Nacional também revelam que a participação dos investidores estrangeiros na dívida pública interna registrou aumento em janeiro.
Em janeiro de 2018, os não residentes detinham 12,41% da dívida total, o equivalente a R$ 422 bilhões, contra 12,12% do total da dívida interna (R$ 416 bilhões) no fechamento de 2017.
Fonte: G1