A dívida pública federal, que inclui os endividamentos do governo no Brasil e no exterior, avançou 0,22% em outubro, para R$ 3,43 trilhões, informou nesta segunda-feira (27) a Secretaria do Tesouro Nacional. O aumento foi de R$ 8 bilhões no período.
O aumento está relacionado unicamente às despesas do governo com o pagamento de juros da dívida pública, que totalizaram R$ 30,97 bilhões em outubro. No mês passado, os resgates feitos por investidores superaram as emissões, pelo governo, de novos títulos da dívida pública em R$ 23,33 bilhões.
A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, para cobrir os gastos que ficam acima da arrecadação com impostos e contribuições.
Quando os pagamentos e recebimentos são realizados em real, a dívida é chamada de interna. Quando tais operações ocorrem em moeda estrangeira (dólar, normalmente), é classificada como dívida externa.
Programação para 2017
Para este ano, a expectativa do Tesouro Nacional é de novo aumento na dívida pública. A programação da instituição prevê que ela pode chegar aos R$ 3,65 trilhões no fim de 2017.
Se isso se confirmar, a alta da dívida, neste ano, será de R$ 538 bilhões, aumento 17,28% em relação ao fechamento de 2016.
O patamar de R$ 3,65 trilhões é o máximo previsto para a dívida interna e externa. Portanto, o crescimento pode ser menor. Estimativas do Tesouro apontam que a alta pode ficar em R$ 338 bilhões e, neste caso, a dívida chegaria ao final de 2017 em R$ 3,45 trilhões, elevação de 10,86%.
Compradores
Os números do Tesouro Nacional também revelam que a participação dos investidores estrangeiros na dívida pública interna subiu em outubro. Em setembro, os não residentes detinham 12,57% do total da dívida interna (R$ 416 bilhões). No fechamento de outubro, detinham 12,78%, o equivalente a R$ 423 bilhões.