O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (20), com as atenções dos investidores voltadas para a cena política local e, em especial para as discussões em torno do orçamento do governo para 2021 e preocupações sobre a trajetória fiscal de curto prazo do país.
Às 9h11, a moeda norte-americana subia 1,50%, vendida a R$ 5,6119. Na máxima até o momento chegou a R$ 5,6318.
Na véspera, o dólar fechou em alta de 1,14%, a R$ 5,5287 ? maior patamar de fechamento desde 22 de maio (R$ 5,5842). Na semana, o dólar passou a acumular alta de 1,83%. No mês, tem alta de 5,97%, e no ano, de 37,88%.
Na noite desta quarta-feira, o ministro Paulo Guedes, da Economia, criticou a decisão do Senado de derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro ao reajuste de salários de servidores durante a pandemia do coronavírus. Ele disse que o Senado deu "um péssimo sinal" e classificou a decisão como "um crime contra o país". Segundo o ministro, há risco de um aumento de gasto de até R$ 120 bilhões.
O tema ainda precisa ser analisado pela Câmara dos Deputados, em sessão prevista para esta quinta-feira.
O congelamento dos reajustes até o fim de 2021 foi uma contrapartida definida pelo governo, como resultado de um acordo, para o pacote de socorro de R$ 60 bilhões a estados e municípios, cujos cofres foram abalados pela pandemia.
Na cena externa, o viés era de maior cautela nos mercados após ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), mostrar que a rápida recuperação do mercado de trabalho em maio e junho provavelmente abrandou, indicando a necessidade da manutenção de políticas de estímulo durante um período mais longo.
Fonte: G1