O dólar abriu em queda nesta terça-feira (11), com os investidores de olho na cena externa e avaliando a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual o Banco Central indica cautela na análise de novos cortes de juros.
Às 9h02, a moeda norte-americana caía 0,49%, a R$ 5,4373.
Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 0,94%, a R$ 5.4643 ? maior patamar de fechamento desde 22 de maio (R$ 5,5842). Na parcial do mês, o dólar acumula avanço de 4,74%. No ano, tem alta de 36,27%.
No exterior, os mercados continuavam guiados por expectativas de que estímulos nos Estados Unidos possam impulsionar a economia, apesar da piora das relações EUA-China e das incertezas sobre a pandemia de coronavírus e as eleições presidenciais norte-americanas de 2020.
No Brasil, além do fator internacional, também tem peso a questão fiscal. Os riscos fiscais apontados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central continuam no radar, no momento em que as discussões em torno do Orçamento de 2021 se aproximam.
Nesta terça, o Copom divulgou a ata da última reunião na qual vê recuperação da economia e indica cautela na análise de novos cortes de juros. Segundo o documento, "dados recentes sugerem uma recuperação parcial da atividade econômica brasileira, e acrescentou que a imprevisibilidade e os riscos associados à evolução da pandemia do novo coronavírus podem implicar um cenário doméstico caracterizado por uma "retomada ainda mais gradual (lenta) da economia".
O mercado brasileiro melhorou a projeção para o tombo do PIB (Produto Interno Bruto) em 2020, para uma retração 5,62%, ante estimativa anterior de queda de 5,66%, segundo pesquisa Focus divulgada na véspera pelo do Banco Central.
Após a queda para a mínima histórica de 2% ao ano na semana passada, os analistas das instituições financeiras seguem prevendo manutenção da taxa básica de juros da economia, a Selic, neste patamar até o fim deste ano.
A projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 continuou em R$ 5,20. Para o fechamento de 2021, ficou estável em R$ 5 por dólar.
Fonte: G1