O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (6), após decisão do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros do país para novo piso histórico de 2% ao ano.
Às 9h08, a moeda norte-americana subia 1,14%, vendida a R$ 5,3527.
Na quarta-feira, o dólar fechou em alta de 0,14%, a R$ 5,2926. Na parcial da semana e do mês, já subiu 1,45%. No ano, tem alta de 31,99%.
Na cena externa, os investidores aguardam o mais recente relatório semanal de pedidos de auxílio-desemprego para avaliar o ritmo de uma recuperação no mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que aguardam um novo projeto de estímulo fiscal.
Segundo a Reuters, os números oficiais devem mostrar que cerca de 1,4 milhão de norte-americanos entraram com pedido de auxílio-desemprego na última semana, uma pequena queda após duas semanas consecutivas de grandes saltos que geraram temores sobre uma estagnação na recuperação do mercado de trabalho.
O IBGE também divulga nesta quinta números sobre o mercado de trabalho brasileiro no trimestre encerrado em junho.
Na véspera, após o fechamento dos mercados, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu reduzir a taxa básica de juros da economia brasileira de 2,25% para 2%. Esse foi o nono corte seguido na Selic.
Na avaliação de economistas ouvidos pelo G1, o comunicado do BC deixou, mais uma vez, a porta aberta para cortes na taxa básica de juros. A particularidade da nova carta é que a bola está, agora, com o governo. Novas reduções, dependeriam, segundo indicou o Copom, do prosseguimento da agenda de ajustes fiscais.
Muitos analistas citam o ambiente de juros baixos como um dos principais fatores para a disparada do dólar em 2020, uma vez que reduz rendimentos locais atrelados à Selic, prejudicando o investimento estrangeiro e, consequentemente, o fluxo cambial.
Fonte: G1