O dólar opera em queda frente ao real nesta quarta-feira (10), no terceiro dia seguido de baixa, acompanhando a desvalorização da moeda norte-americana nos principais mercados emergentes e diante de expectativas de juros mais altos no Brasil, que poderiam atrair mais capital externo para o país.

Por volta das 14h25, a moeda norte-americana era vendida a R$ 3,0960, em baixa de 0,16%.

Nesta quarta, a divisa dos Estados Unidos perdia terreno contra uma série de moedas emergentes, como os pesos chileno e mexican, após avançar firmemente na semana passada, refletindo expectativas de que os juros norte-americanos poderiam subir em setembro após números mais fortes que o esperado sobre o mercado de trabalho.

"Houve um exagero na semana passada e está havendo um exagero na correção nesta semana. Meu medo é que haja uma reversão muito grande da próxima vez em que virmos dados positivos nos EUA", disse à Reuters o economista da empresa de análise financeira 4Cast Pedro Tuesta, ressaltando que os atuais níveis do dólar não são consistentes com uma eventual alta dos juros norte-americanos em setembro.

No Brasil, o recuo do dólar era corroborado também por expectativas de mais aumentos da Selic nos próximos meses, após o IPCA subir em maio mais do que as estimativas mais pessimistas, destaca a agência de notícias Reuters.

"Nenhum outro país da classe de risco do Brasil paga tanto srendimentos. É muito atraente para estrangeiros investir aqui", disse o operador de um banco nacional.

Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em julho, com oferta de até 7 mil contratos.

Na véspera, o dólar fechou em queda de 0,29%, aos R$ 3,101.