O dólar subia mais de 1% ante o real nesta quinta-feira (17), em meio ao quadro conturbado local e à espera da decisão do Federal Reserve (banco central dos EUA) a ser anunciada às 15h (horário de Brasília), quando o banco central norte-americano pode optar por promover a primeira alta de juros em quase uma década, o que pode fazer subir a cotação do dólar por aqui.
Às 10h19, a moeda norte-americana subia 1,58%, cotada a R$ 3,8948.
Veja a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, subia 0,7%, a R$ 3,8612
Às 9h59, subia 1,22%, a R$ 3,881.
Pela manhã, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.
Na véspera, o dólar caiu 0,74%, cotado a R$ 3,8341. Na semana, a moeda acumula queda de 1,11%. No mês e no ano, há valorização de 5,71% e 44,21%, respectivamente.
Expectativa com juros dos EUA
O principal foco do mercado é a reunião do Fed, em meio a incertezas sobre a possibilidade de o banco central norte-americano promover a primeira alta de juros em quase uma década.
Embora a recuperação da economia dos EUA venha dando sinais de força, as turbulências financeiras recentes nos mercados globais e a inflação persistentemente baixa nos EUA injetaram dúvidas no mercado.
Pesquisa da Reuters mostrou que uma maioria apertada prevê a manutenção dos juros norte-americanos nos atuais patamares, perto de zero. Na semana passada, a aposta ligeiramente majoritária era de aumento.
Intervenções do BC no câmbio
É de quase R$ 100 bilhões o valor da conta que o Banco Central teve de pagar, neste ano, para carregar os contratos de "swaps cambiais" - instrumentos que equivalem à venda futura de dólares. O valor foi gasto pela autoridade monetária em 2015 até a última sexta. Somente na parcial de setembro, as perdas somaram R$ 25,17 bilhões.
De forma geral, o BC lucra com essas operações quando o dólar cai e perde quando a cotação da moeda norte-americana sobe.
O Banco Central informou na quarta-feira que, em setembro, até a última sexta-feira (11), as retiradas de dólares superam o ingresso de dívidas em U$ 517 milhões. Na parcial de 2015, até 11 de setembro, porém, ainda foi contabilizada a entrada de dólares na economia brasileira. Neste período, o ingresso de recursos no país somou US$ 10,75 bilhões. Em igual período do ano passado, apenas US$ 794 milhões haviam saído do Brasil.
Fonte: G1