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   Dólar tem volatilidade, negociado ao redor de R$ 5,65

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O dólar opera com volatilidade nesta terça-feira (29), sem direção definida, refletindo a cautela dos investidores internacionais antes do primeiro debate presidencial dos Estados Unidos, enquanto que na cena doméstica o foco permanece na situação fiscal do país e nas discussões em torno do novo programa social do governo, batizado de Renda Cidadã.

Às 10h36, a moeda norte-americana caía 0,12%, cotada a R$ 5,6291. Na máxima, chegou a R$ 5,6701 e, na mínima, a R$ 5,6071 

A Bovespa opera em alta, ao redor dos 95 mil pontos. 

Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 1,42%, a R$ 5,6358 ? maior valor de fechamento para o dólar desde 20 de maio (R$ 5,6875). Com o resultado, passou a acumular alta de 2,82% no mês e de 40,55% no ano.

O Banco Central informou que iniciará na quarta-feira (30) a rolagem de 130.890 contratos de swap cambial com vencimento em 3 de novembro de 2020, num total de US$ 6,5 bilhões, segundo a Reuters.

Incertezas locais

A forte alta na véspera ocorreu em meio a péssima repercussão das medidas para financiar o novo programa social do governo, batizado de Renda Cidadã. Após as reações do mercado financeiro e no mundo político, assessores próximos do presidente Jair Bolsonaro começaram a defender uma mudança no programa, segundo informa o Blog da Ana Flor.

Para especialistas em contas públicas, a proposta de rolar o pagamento de precatórios ? despesa obrigatória do governo com dívida pública judicial ? para financiar um novo programa social foi uma ruptura, uma sinalização do abandono do compromisso fiscal. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou parecer em que classifica como institucional a proposta.

A corretora Necton, por exemplo, revisou sua projeção para o dólar de R$ 5,90 para R$ 6,00 no fim de 2020. "A manobra em relação aos precatórios e a reação do mercado de maneira geral evidenciam que o espaço fiscal se exauriu. Dado que o governo não pode interromper o Auxílio Emergencial sob pena de jogar a economia numa desaceleração econômica e levando em conta que não há espaço para se cortar mais gastos uma vez que a demanda por serviços públicos irá aumentar em decorrência da crise, temos assim um impasse que não será resolvido", avaliou o economista André Perfeito.

Cena externa

Na cena externa, permanece a cautela em meio às preocupações com o avanço do coronavírus e ritmo de recuperação da economia global. Ativos considerados arriscados, como moedas emergentes pares do real, apresentavam desempenho misto, com os agentes do mercado operando em modo de espera.

Nos EUA, o presidente Donald Trump e o desafiante democrata Joe Biden irão realizar nesta terça o seu primeiro debate televisivo de 90 minutos em Cleveland, Ohio, cinco semanas antes das eleições.

Na Europa, a confiança econômica da zona do euro melhorou mais do que o esperado em setembro, graças principalmente a um aumento no otimismo do setor de serviços apesar das preocupações com uma segunda onda do coronavírus. A pesquisa mensal da Comissão Europeia mostrou que o sentimento nos 19 países que usam o euro subiu a 91,1 pontos este mês de 87,5 em agosto, superando as expectativas do mercado.

O Banco Mundial afirmou nesta terça que a pandemia de coronavírus deve levar a região do Leste Asiático e Pacífico, bem como a China, a registrar o crescimento mais lento em mais de 50 anos, enquanto até 38 milhões de pessoas serão levadas à pobreza. O banco afirmou que a região deve crescer neste ano apenas 0,9%, taxa mais fraca desde 1967.

Fonte: G1


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