As maiores companhias de petróleo do mundo voltaram a buscar aquisições, mirando principalmente pequenas empresas de exploração e desenvolvimento que possam aumentar suas reservas de petróleo e gás, ao invés das megafusões que se seguiram à queda dos preços do petróleo.
Desde o final de novembro, as principais companhias petrolíferas anunciaram 11 negócios no valor de mais de 500 milhões de dólares cada, com um valor combinado de 31 bilhões de dólares, em um claro sinal de que os executivos do setor estão mais confiantes de que uma recuperação está em andamento.
Quando os preços do petróleo entraram em colapso no segundo semestre de 2014, as grandes empresas petrolíferas cortaram investimentos em exploração e produção e desfizeram-se de ativos para reduzir a dívida e lidar melhor com a menor receita proveniente das vendas de petróleo e gás.
Mas com os reservatórios de petróleo em declínio a uma taxa de 10% por ano, em alguns casos, as grandes empresas de petróleo agora buscam ativos voltar a crescer. Ao mesmo tempo, há uma série de empresas menores endividadas e em busca de investidores.
As aquisições totais de campos de petróleo e gás triplicaram para 31 bilhões de dólares em dezembro ante o mês anterior, quando a Organização dos Países Exportadores de Petróleo concordou em cortar a produção pela primeira vez em oito anos, de acordo com dados da consultoria Energy Market Square.
Os negócios no último mês de 2016 representaram sozinhos quase um quarto da atividade total ao longo do ano.
"Quando você corta investimentos, e dois anos e meio depois vê a produção declinando e as reservas se esgotando, só há uma escolha, que é ir atrás de recursos de alta qualidade", disse o co-gerente da Guinness Global Oil and Gas Exploration Trust, Sachin Oza. "Se você não gastou seu tempo com essas oportunidades...você só tem uma opção: tem que comprá-las", disse.