São Paulo ? O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou a deflação para 0,71 por cento na segunda prévia de julho, depois de recuar 0,61 por cento no mesmo período do mês anterior, em mais um sinal de que o Banco Central pode continuar com o ciclo de redução de juros.
O resultado da segunda prévia de julho foi influenciado sobretudo pelo menor avanço do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.
O INCC registrou avanço de 0,13 por cento na segunda prévia de julho, após subir 1,33 na segunda prévia de junho. A alta mais modesta é explicada pelo avanço mais contido do custo de mão de obra, que avançou 0,26 por cento, ante 2,51 por cento.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60 por cento do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, registrou pouca alteração e recuou 1,14 por cento no período, após tido baixa de 1,16 por cento na segunda prévia de junho.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30 por cento no índice geral, acelerou ligeramente a alta a 0,04 por cento na segunda prévia de julho, ante 0,01 por cento no mesmo período do mês anterior.
Das oito despesas que integram o IPC, quatro registraram acréscimento nas taxas na segunda prévia de julho. A principal variação foi observada no grupo habitação, com aumento de 0,19 por cento para 0,41 por cento.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.
A segunda prévia do IGP-M calculou as variações de preços no período entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.
Fonte: Exame