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   Inflação dos mais pobres acelera em janeiro, diz FGV

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O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) ? que mede a variação de preços de produtos e serviços para famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos ? apresentou inflação de 0,61% em janeiro, vindo de 0,32% em dezembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) em relatório nesta terça-feira (5).

Já o IPC-Br, que mede a alta de preços para famílias com renda de um a 33 salários mínimos mensais, registrou inflação de 0,57% no mês passado, tendo saído de 0,32% em dezembro.

Com esse resultado, o IPC-C1 acumula alta de 4,29% nos últimos 12 meses, contra 4,19% do indicador geral. Em dezembro, a inflação dos menos favorecidos apontava para uma alta de preços de 4,17% ao longo de 2018, contra 4,32% do indicador geral.

As maiores influências para a alta de preços entre as famílias mais pobres em janeiro vieram dos itens:

Nessa apuração, seis das oito classes de despesa do índice tiveram acréscimo: transportes (-0,52% para 1,84%), educação, leitura e recreação (0,66% para 2,00%), habitação (0,10% para 0,19%), alimentação (0,83% para 0,84%), despesas diversas (0,09% para 0,27%) e comunicação (-0,02% para 0,01%).

Metodologia

A principal diferença entre o IPC-C1 e o IBC-Br está na cesta de produtos e serviços. Como, para famílias mais pobres, a alimentação costuma ter maior relevância no total de despesas, essa classe tem peso de quase 40% no IPC-C1, contra 27% no IPC-Br.

Da mesma forma, educação tem peso de quase 9% na inflação das famílias que recebem até 33 salários mínimos e de 2,5% para os menos abastados.

As diferenças, além do peso de cada item ou categoria de despesa, estão também nas cidades pesquisadas. Enquanto o IPC-Br é coletado em sete capitais (São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília), o IPC-C1 se limita a levantar preços de Rio, São Paulo, Recife e Salvador. Ambos são baseados em coletas do primeiro ao último dia útil de cada mês.

Fonte: G1


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