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   Inflação ganha força e fica em 0,74% em maio, mostra IBGE

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A inflação oficial do país, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,74% em maio, informou nesta quarta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa para o mês desde 2008, quando ficou em 0,79%. O índice foi puxado principalmente pela conta de luz e pelos alimentos.

Nos últimos 12 meses, o índice atingiu 8,47% - maior taxa para 12 meses desde dezembro de 2003, quando foi de 9,3%, e mais do que nos 12 meses imediatamente anteriores, quando foi de 8,17%. Em abril, a variação foi de 0,71% ? a menor taxa entre os meses de 2015. Em maio de 2014, o IPCA havia registrado taxa de 0,46%.

O índice acumulou 5,34% neste ano, o maior resultado para o período de janeiro a maio desde 2003, quando ficou em 6,8%. Em igual período do ano anterior, a taxa era 3,33%.

"A gente pode dizer que é uma inflação dos itens administrados [referindo-se ao acumulado do ano]. Não só energia, mas também gasolina, ônibus, taxa de água e esgoto, efeitos também de serviços, os aluguéis aumentando, transporte. Nós temos uma inflação de itens monitorados que têm por consequência deixado mais caro para comer, para morar e também do ponto de vista do deslocamento nos transportes?, explicou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índice de Preços do IBGE.

?A importância da alimentação é que ela detém 25% do IPCA e um aumento de mais de 1%, qualquer movimento de preço da alimentação já dá para colocar a culpa nela. E a energia, que seja 1%, 2% ou 3% que ela suba, ela tem uma culpa grande no cartório [por conta também do peso que ela tem sobre a inflação oficial do país]?.

Segundo Eulina, o dólar também é um dos responsáveis pela alta. "O dólar afeta a vida da gente desde o pãozinho até a TV?, disse.

O IPCA é considerado a inflação oficial do país por ser o índice usado para as metas de inflação do governo.

A meta central para a inflação em 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. No entanto, se o índice continuar subindo, a inflação deverá superar o teto do sistema de metas em 2015, algo que não acontece desde 2003.

Fonte: G1


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