A Embraer teve lucro líquido de R$ 134,9 milhões no 1º trimestre de 2017, resultado equivalente a pouco mais de 1/3 ou 65% menor do que os R$ 385,7 milhões registrados no mesmo período de 2016. O lucro por ação foi de R$ 0,1835, também menor que os R$ 0,5280 registrados no mesmo trimestre de 2016. Assim, o Lucro líquido ajustado (excluindo-se os impostos diferidos e itens não recorrentes) no trimestre foi de R$ 72 milhões, representando um lucro por ação ajustado de R$ 0,0979.
No 1º trimestre de 2017, a Embraer entregou 18 aeronaves comerciais e 15 executivas (11 jatos leves e 4 grandes), representando queda em relação às entregas do mesmo período de 2016, de 21 aeronaves comerciais e 23 executivas (12 jatos leves e 11 grandes).
A receita líquida atingiu R$ 3.217,5 milhões no 1º trimestre, queda de 36% em relação aos R$ 5.048,5 milhões do 1º trimestre de 2016, principalmente em função do menor número de entregas de aeronaves, pela variação cambial, bem como o adiamento do lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC), inicialmente previsto para o período, devido a uma greve geral na Guiana Francesa, segundo a empresa.
Ainda de acordo com a Embraer, geralmente as entregas do 1º trimestre apresentam sazonalidade e tendem a ser menores em relação aos demais trimestres do ano.
No 4º trimestre de 2016, a fabricantes de aeronaves teve lucro líquido de R$ 649,3 milhões, resultado 52,2% maior do que os R$ 425,8 milhões registrados no mesmo período de 2015.
No ano de 2016, o lucro líquido total foi de R$ 585,4 milhões e o lucro por ação ficou em R$ 0,7959 (R$ 969,4 milhões e R$ 1,3179 excluindo esses mesmos itens). Em 2015,o lucro foi R$ 241,6 milhões.
No 1º trimestre, o endividamento da empresa subiu R$ 1.331,4 milhões e totalizou R$ 13.585,4 milhões, ante os R$ 12.254,0 milhões do 4º trimestre de 2016. A dívida de longo prazo totalizou R$ 12.562,4 milhões, enquanto que a dívida de curto prazo foi de R$ 1.023 milhões. O aumento na dívida de longo prazo está relacionado à emissão, em janeiro, de US$ 750 milhões em títulos de dívida, com cupom de 5,4% e vencimento em 2027. Considerando o perfil atual da dívida, o prazo médio de endividamento subiu de 5,3 anos para 6,3 anos e em linha com o ciclo de negócio da Embraer.
A companhia encerrou o 1º trimestre com caixa total de R$ 11.032,3 milhões e, com a dívida total de R$ 13.585,4 milhões, a dívida líquida ficou em R$ 2.553,1 milhões.
Em março, a companhia anunciou que completou com sucesso o voo inaugural do primeiro protótipo do jato comercial E-195 E2, com vários meses de antecedência, uma das apostas da empresa. Todas as três aeronaves do programa E2 continuam dentro de seus planos de entrada em operação: o E-190 E2 no primeiro semestre de 2018, o E-195 E2 no primeiro semestre de 2019 e o E-175 E2 em 2021.
A Embraer mantém sua previsão de entregar, no ano de 2017, de 97 a 102 jatos comerciais e de 105 a 125 jatos executivos (70 a 80 jatos leves e 35 a 45 jatos grandes).
Fonte G1