Os economistas do mercado financeiro reduziram de novo a estimativa de crescimento da economia brasileira neste ano, que passou de 1,68% para 1,48% de alta. Essa foi a sexta queda consecutiva no indicador.
A projeção faz parte do boletim de mercado, conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (23) pelo Banco Central (BC). O dado foi levantado na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
As reduções da expectativa para o nível de atividade acontecem em meio à pandemia do coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo na beira de uma recessão.
Na semana passada, o governo federal também revisou sua estimativa para o PIB e passou a prever uma expansão de apenas 0,02% para este ano, ou seja, uma estabilidade.
No mercado financeiro, já há instituições financeiras estimando uma contratação do PIB em 2020. Isso quer dizer que haverá nova desaceleração da economia.
Em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,1%. Foi o desempenho mais fraco em três anos.
Para o próximo ano, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 2,50%.
Segundo o relatório divulgado pelo BC, os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para 2020 de 3,10% para 3,04%.
A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,5% a 5,5%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2021, o mercado financeiro baixou a estimativa de inflação de 3,65% para 3,60%. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.