Chegar no horário, cumprir a carga de trabalho, entregar as atividades programadas e voltar no dia seguinte pode até ser comum para o profissional, mas não é somente isso que as empresas esperam dos seus empregados.
"A queixa da falta de comportamento adequado para o momento é geral. As pessoas no geral deixam a onda de pessimismo abater sua motivação e não agem. As empresas esperam que seu funcionário faça um esforço extra para que a companhia consiga superar as adversidades e desafios de períodos instáveis e de incertezas", afirma Roberto Picino, direito executivo da Page Personnel.
Segundo ele, o funcionário não precisa "dormir" na empresa, mas deve demonstrar mais interesse e comprometimento em ajudar neste momento.
"São nessas pessoas que as empresas apostam e buscam apoio. Nada que uma boa conversa para alinhar expectativas tanto por parte dos gestores como dos funcionários. É com esse diálogo que ambos poderão ficar mais sintonizados e buscar soluções em conjunto", diz Picino.
Veja abaixo 6 atitudes que as empresas esperam durante a crise:
1) Negociar melhor salários e benefícios
Em épocas de baixa atividade econômica, as pessoas precisam entender e saber a melhor forma de ajustar expectativa e realidade salarial. "As empresas esperam que os profissionais saibam se valorizar, mas tenham bom senso quanto ao momento e resultados da empresa antes de pleitear salários e benefícios", diz Picino.
2) Esticar o horário de trabalho e flexibilidade com entrada e saída
Fazer aquela hora a mais ou chegar mais cedo para auxiliar com as demandas extras ou novas prioridades é outro tipo de atitude desejada pelas empresas. Segundo Picino, isso demonstra compromisso com a empresa e faz toda a diferença.
3) Promoção pode demorar, mas pode ser compensada no futuro
A mudança de cargo é um dos mais desejados reconhecimentos que um funcionário espera ao longo da carreira. Com o cenário adverso, esperar por essa oportunidade pode fazer a diferença. "Aqueles que passarem pela fase difícil junto com a empresa terão a chance de serem recompensados pelo esforço e dedicação", afirma.
4) Ter mais senso de engajamento/ espírito de equipe
Muitos líderes questionam colaboradores que gostam da tradicional "zona de conforto" e cumprem seu papel objetivamente. Segundo Picino, a empresa espera mais proatividade e participação durante a crise.
"Engajar não se resume ao feitio das atividades corriqueiras. É ir um pouco mais além, é abraçar a causa e trazer ideias e soluções criativas".
5) Não criar mais pânico e problemas
Tem muita gente que gosta de alarmar, criar boatos e espalhar o terror. Esse tipo de informação desencontrada, e muitas vezes falsa, só ajuda a aumentar a tensão no ambiente de trabalho. "Funcionário sensacionalista e alarmista só atrapalha a equipe. Cria mal-estar, incerteza e piora a produtividade. Jogar contra é o que menos se precisa nesse momento", conta.
6) Momento de se destacar
Aquela máxima de que a crise traz oportunidades torna-se mais valiosa nesse momento. "Tem gente com perfil aguerrido, destemido e de busca pelo novo. É hora de se destacar e mostrar o valor. Aquele que conseguir apresentar algo diferente e inovador pode ter um destino diferente na carreira", completa Picino.
Fonte: G1