O grupo Odebrecht informou nesta terça-feira (4) que não houve acordo e que foram encerradas sem sucesso as negociações com a LyondellBasell sobre a venda do controle da Braskem para a holandesa.
"A Odebrecht, como acionista controladora da Braskem, seguirá empenhada em identificar e perseguir alternativas que agreguem valor à sua participação na empresa, em linha com a estratégia de estabilização financeira do grupo", informou em nota a empresa.
Segundo o "Valor Econômico", o fim das negociações está relacionado a diversos fatores, mas, principalmente, à insegurança jurídica em torno da situação financeira do grupo Odebrecht, apurou o Valor.
Segundo o diretor-presidente da LyondellBasell, Bob Patel, a combinação dos negócios seria interessante pelas potenciais sinergias, mas a decisão de suspender as negociações foi tomada em comum acordo após uma ?análise cuidadosa?.
O início das negociações tinha sido anunciado em junho do ano passado. As conversas entre Odebrecht e LyondellBasell vinham sendo acompanhadas de perto pela Petrobras, que divide o controle da Braskem com a Odebrecht e aguardava a conclusão da operação para avaliar possibilidade de venda de sua fatia na empresa ao mesmo comprador, destaca a Reuters.
A Braskem é controlada atualmente pela Odebrecht, que possui 38,3% das ações e 50,1% do capital votante da petroquímica. A Petrobras possui 36,1% das ações e 47% do capital votante.
Na sexta-feira (31), a Braskem assinou com a Controladoria-Geral da União (CGU) e Advocacia-Geral da União (AGU) um acordo de leniência no qual a empresa concordou pagar um total de R$ 2, 87 bilhões à União até janeiro de 2025. Após o cumprimento do acordo, a empresa terá redução de multas e poderá voltar a receber subsídios e empréstimos do governo federal, além de poder fechar novos contratos com a administração pública.