A produção da indústria nacional recuou em oito dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em julho, na comparação com o mês anterior. A queda mais acentuada foi registrada no Paraná, de 6,3%, interrompendo três meses seguidos de expansão na produção.
A produção também teve recuo acentuado no Ceará, de 5,2%, eliminando parte do crescimento de 7% acumulado em maio e junho.
Considerando todas as regiões, a produção da indústria brasileira recuou 1,5% ao mês, a maior queda desde dezembro de 2014 (os dados gerais foram divulgados na semana passada). Já em relação a julho do ano passado, a queda foi ainda maior, de 8,9% ? a mais intensa para julho desde 2009, nessa base de comparação. Naquele mês, a retração havia sido de 10%. No ano, de janeiro a julho, a indústria acumula perdas de 6,6% e, em 12 meses, de 5,3%.
Também tiveram queda acima da média nacional os estados de Santa Catarina (-2,4%) e São Paulo (-1,8%). Os demais recuos foram registrados no Amazonas (-1,5%), Espírito Santo (-1,4%), Minas Gerais (-1,3%) e Rio de Janeiro (-0,9%).
Crescimento
Na outra ponta, Rio Grande do Sul (6,8%) e Bahia (5,2%) tiveram os avanços mais elevados, com o primeiro eliminando parte da perda de 7,3% acumulada entre abril e junho, e o segundo apontando dois meses consecutivos de expansão e acumulando no período ganho de 8,3%. Os demais resultados positivos foram na Região Nordeste (3,3%), em Pernambuco (3,3%), Goiás (0,6%) e Pará (0,4%).
Comparação anual
Na comparação com o mês de julho de 2014, a queda na indústria atingiu 11 locais dos 15 pesquisados (o IBGE não apresenta dados da comparação contra mês anterior para Mato Grosso, por isso há um local a mais nessa comparação. Amazonas (-18,2%), Ceará (-13,7%), São Paulo (-12,0%) e Paraná (-11,5%) tiveram os recuos mais intensos.
As demais quedas foram vistas em Santa Catarina (-9,8%), Rio de Janeiro (-8,3%), Minas Gerais (-7,7%), Rio Grande do Sul (-4,7%), Região Nordeste (-4,3%), Goiás (-3,3%) e Pernambuco (-2,5%).
Já as maiores altas vieram do Pará (6,8%) e Espírito Santo (3,4%), enquanto Mato Grosso (0,7%) e Bahia (0,4%) tiveram expansões mais modestas.
Fonte: G1