Os contratos futuros do petróleo operavam em alta nesta quarta-feira (12) , depois de uma queda nos estoques dos Estados Unidos e com a perspectiva de perda da oferta iraniana, o que aumentava as preocupações com o delicado equilíbrio entre consumo e produção.
Às 8h23, o petróleo Brent subia 0,13 dólar, ou 0,16%, a US$ 79,19 por barril. Já o petróleo dos Estados Unidos avançava 0,62 dólar, ou 0,9%, a US$ 69,87 por barril.
No ano, o preço do barril de Brent acumula alta de mais de 15%.
"Acreditamos que os fundamentos do mercado do petróleo apoiam cada vez mais os preços, pelo menos nos níveis atuais", disse Gordon Gray, chefe global de pesquisa para o mercado de petróleo e gás do HSBC.
"Enquanto não estamos explicitamente prevendo que o Brent suba para 100 dólares o barril, vemos riscos reais disso acontecer. O fato de que uma oferta muito maior já é necessária para a Arábia Saudita --e os baixos níveis de capacidade ociosa restante-- deixa o sistema global altamente vulnerável a qualquer interrupção ainda maior."
Os estoques de petróleo dos EUA caíram 8,6 milhões de barris na semana até 7 de setembro, para 395,9 milhões, disse o American Petroleum Institute (API), enquanto a Administração de Informações sobre Energia (EIA) dos EUA cortou sua previsão para o crescimento da produção de petróleo em 2019.
Fora dos Estados Unidos, os operadores têm focado no impacto das sanções dos EUA contra o Irã, que atingirão as exportações de petróleo a partir de novembro.
"O Irã está se tornando cada vez mais a preocupação do mercado de petróleo. As duas últimas semanas viram o esperado aperto nos fluxos do petróleo iraniano tomando forma, com as saídas gerais caindo acentuadamente", disse a consultora JBC Energy.
Por outro lado, a Opep cortou mais sua previsão para o crescimento da demanda global de petróleo em 2019 e disse que o risco para as perspectivas econômicas aumentou, acrescentando um novo desafio aos esforços do grupo para apoiar o mercado no próximo ano.
Em um relatório mensal, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo afirmou que a demanda mundial por petróleo no ano que vem aumentaria 1,41 milhão de barris por dia (bpd), 20 mil bpd menos do que o esperado no mês passado, marcando a segunda redução consecutiva na previsão.
A previsão significa que haverá menos pressão sobre produtores para compensar as perdas de oferta na Venezuela e no Irã, diante das sanções renovadas dos EUA.
Fonte: G1