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   Petróleo do pré-sal do Brasil já é competitivo

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O petróleo do pré-sal brasileiro já pode ser considerado um produto de "baixo custo" da indústria petrolífera global e capaz de competir de igual para igual com "shale oil" e "shale gas", a produção não convencional dos Estados Unidos, disse nesta quarta feira o presidente da BP no Brasil, Adriano Bastos.

Segundo ele, desde o início da campanha no pré-sal brasileiro houve avanços geológicos e tecnológicos que aumentaram a eficiência do pré-sal, tornando o produto que já era de qualidade bastante competitivo.

"O pré-sal é cada vez mais 'low cost', e somos competitivos. Competitivos inclusive com o 'shale oil' e 'shale gas', mesmo com os Estados Unidos", disse ele em palestra no Rio de Janeiro.

"Somos competitivos mesmo com eles tendo uma velocidade de reação para variação de preço muito mais rápida que nós", acrescentou Bastos, explicando que a indústria de petróleo nacional, entre descobrir e produzir, pode levar dez anos, enquanto os produtores norte-americanos de óleo não convencional reagem às cotações em apenas um mês, "até porque conseguem sondas e máquinas em cada esquina e têm um modelo de impostos e governança melhor".

Os últimos dados da reguladora ANP mostram que a produção da camada pré-sal já representa mais de 50% da produção nacional.

A BP tem 21 concessões de exploração de petróleo e gás no Brasil em quatro bacias sedimentares e também atua no pré-sal brasileiro.

A expectativa do presidente da BP é de que até 2030 o Brasil se torne um grande exportador mundial de petróleo e gás, graças também ao avanço da campanha no pré-sal.

Segundo Bastos, a eficiência da indústria de petróleo global precisa aumentar em um ritmo ainda mais acelerado para que as reservas sejam exploradas antes que novas fontes tomem espaço na matriz energética.

Um estudo apresentado pelo executivo durante a palestra mostrou que hoje há no mundo 4,9 trilhões de barris de óleo equivalentes em reservas provadas, mas diante dos avanços de novas fontes de energia renovável, a perspectiva é que apenas 1 em cada 3 barris seja recuperável.

O presidente da BP no Brasil evitou falar sobre os rumos da indústria petrolífera nacional em meio ao processo eleitoral, mas listou como problemas no horizonte a falta de previsibilidade dos leilões de áreas de petróleo no Brasil e o demorado e complexo processo de licenciamento ambiental no país.


Fonte: G1


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