Os preços do petróleo subiam nesta quinta-feira (1), ampliando os grandes ganhos registrados na véspera após a Opep e a Rússia concordarem em restringir a produção, mesmo com analistas alertando que outros produtores provavelmente aumentarão a oferta.
Por volta de 11h30, o petróleo Brent subia US$ 4,09, ou 8,82%, a US$ 50,47 por barril. Às 9h35, o preço chegou a US$ 52,5 por barril. O petróleo dos Estados Unidos avançava US$ 0,94, ou 1,9%, a US$ 50,38 por barril.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo chegou a acordo na quarta-feira para sua primeira redução da produção de petróleo desde 2008, depois que a Arábia Saudita aceitou uma redução na sua extração e concordou com o congelamento do bombeamento do rival Irã em níveis pré-sanções.O acordo também incluiu a primeira ação coordenada do grupo com a Rússia, não membro da Opep, em 15 anos. Nesta quinta-feira, o Azerbaidjão disse que também está disposto a participar das negociações sobre cortes.
A Rússia planeja cortar a produção de petróleo ante os níveis de novembro e dezembro como parte de seu acordo para estabilizar o mercado global da commodity junto com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), disse a jornalistas nesta quinta-feira o ministro de Energia do país, Alexander Novak.
O ministro havia afirmado na véspera que a Rússia está pronta para reduzir a produção em até 300 mil barris por dia no primeiro semestre de 2017 como parte de seu acordo com a Opep.
"Vai ser a mesma abordagem, um corte igual por todas companhias (russas), mas nós vamos trabalhar mais (nos detalhes)...em geral, há um entendimento de que isso (o corte) deve ser igual em percentuais para todos", disse Novak, sem elaborar.
A Rosneft é a maior produtora de petróleo russa, seguida por Lukoil, Surgutneftegaz e Gazprom Neft. Lukoil e Surgut não responderam a pedidos de comentários da Reuters, enquanto Rosneft e Gazmprom Neft não quiseram comentar.
A produção de petróleo da Rússia atingiu um novo recorde para a era pós-soviética em outubro, ao subir 0,1% ante setembro, para 11,2 milhões de barris por dia.
Novak também disse que Azerbaidjão, Cazaquistão, México, Omã, Bahrein e outros países de fora da Opep podem se juntar ao acordo.
Há expectativa de que outros países da Opep contribuam com um corte de 300 mil bpd, somando-se à Rússia.
Fonte: G1