O Santander Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,774 bilhões no 1º trimestre, o que representa um crescimento de 10,5% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 3,415 bilhões). Na comparação com o 4º trimestre (R$ 3,748 bilhões), houve alta de 0,7% nos ganhos.
Já o lucro gerencial, que exclui fatores extraordinários, alcançou R$ 3,853 bilhões nos primeiros 3 meses do ano, alta de 10,5% na comparação anual e de 3,4% em relação ao trimestre anterior, segundo balanço divulgado nesta terça-feira (28).
O resultado veio acima do esperado por analistas para o primeiro trimestre, impulsionado por outro período de rápido crescimento da carteira de empréstimos, mas já mostrou os primeiros sinais da crise trazida pela pandemia de coronavírus, destaca a Reuters.
Em R$ bilhões
Fonte: Economatica
O retorno sobre o patrimônio líquido médio, um indicador da lucratividade dos bancos, atingiu 22,3% no 1º trimestre, alta de 1,2 ponto percentual na comparação anual e de 1 ponto em três meses.
"No primeiro trimestre de 2020 alcançamos ainda um forte resultado, mas com primeiros impactos do cenário atual", destacou o banco.
O Santander Brasil informou que o número de contratos fechados com clientes nas agências caiu 26% desde 16 de março, quando a pandemia começou a ganhar mais impulso no Brasil.
O efeito da epidemia também foi sentido na receita de prestação de serviços, que caiu 6,7% em relação ao trimestre anterior, para R$ 4,482 bilhões, em parte devido aos problemas causados ??pelo isolamento social adotado como forma de frear o vírus, segundo o Santander Brasil.
Na comparação anual, entretanto, as receitas oriundas de tarifas e das operações com clientes aumentaram 4,9% na comparação anual (ou R$ 504 milhões).
O banco também destacou que a redução de custos será fundamental neste momento, mas não deu mais detalhes das ações tomadas.
A carteira de crédito total alcançou R$ 378,487 bilhões no final de março, o que representa um crescimento de 21,8% em doze meses. Em três meses, a carteira de crédito subiu 7,5%, com destaque para o segmento de pessoa jurídica.
A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 463,393 bilhões, com alta de 19,8% em doze meses e de 7,1% em relação ao trimestre anterior.
Segundo o banco, o número de clientes ativos totais alcançou 26,5 milhões em março, uma alta de 7% em relação ao ano passado.
O índice de inadimplência acima de 90 dias atingiu 3% em março, ante 3,1% no meso período do ano anterior, favorecido pelo menor índice no segmento pessoa jurídica. Em três meses, entretanto, a inadimplência apresentou alta de 0,1 ponto percentual, influenciada pela alta no segmento pessoa jurídica.
O resultado de créditos de liquidação duvidosa cresceram 19,2% em 12 meses, somando R$ 3,424 bilhões. O Santander ponderou, porém, que o ritmo de alta foi inferior à expansão da carteira de crédito no mesmo período. Em três meses, o resultado créditos de liquidação duvidosa avançou 14,8%. Destacamos que o resultado
As despesas de provisão somaram R$ 3,936 bilhões no trimestre, alta de 18,7% em doze meses e 9,8% em três meses.
A matriz do banco espanhol, Santander SA divulgou também nesta terça-feira resultado do primeiro trimestre, apontado para uma queda de 82% no lucro líquido do período depois que a instituição reservou 1,6 bilhão de euros para cobrir as perdas esperadas pela pandemia.