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   Após 4 meses de queda, juros do cartão voltam a subir

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Os juros médios cobrados pelas instituições financeiras no cartão de crédito rotativo registraram aumento em agosto, após quatro meses de queda, e a taxa cobrada no cheque especial das pessoas físicas ficou estável no mês passado. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Banco Central.

Essas taxas ainda seguem elevadas na comparação com outros países e também com outras linhas de crédito ofertadas pelos bancos. A recomendação de economistas é que os clientes bancários não usem essas modalidades, ou que, se necessário, as utilizem por um período de tempo muito limitado.

O aumento da taxas cobrada no cartão de crédito rotativo acontece em um cenário de estabilidade da taxa básica da economia, a Selic, que atualmente está na mínima histórica de 6,5% ao ano. Essa estabilidade acontece desde março. Antes disso, a taxa havia recuado 12 vezes seguidas.

No ano passado, o governo anunciou medidas para reduzir os juros do rotativo do cartão de crédito, que estão recuando nos últimos meses. Recentemente, a federação que representa os bancos no país anunciou novas regras para uso do cheque especial, quem entraram em vigor em julho deste ano .

Inadimplência de pessoa física fica estável

O Banco Central também informou que houve estabilidade da inadimplência nas operações com recursos livres para pessoas físicas, que somou 5% em agosto, mesmo patamar do mês anterior.

Já a taxa média geral de inadimplência (pessoas físicas e jurídicas) passou de 4,3% em julho para 4,2% em agosto. No fim do ano passado, estava em 4,9%.

No caso das empresas, a taxa de inadimplência passou de 3,4% para 3,3%, nesta comparação (na parcial do ano, caiu 1,2 ponto percentual).

Juros bancários médios

Apesar da alta nos juros do cartão de crédito rotativo, os números do BC mostram que houve queda nos juros médios das instituições com recursos livres (sem contar BNDES, crédito rural e imobiliário) em agosto e na parcial dos oito primeiros meses deste ano.

A taxa média total (pessoa física e jurídica) passou de 38,1% ao ano em julho para 38% ao ano em agosto. No ano, ela recuou 2,3 pontos percentuais, pois somava 40,3% ao ano no fechamento de 2017.

Os juros nas operações com pessoas físicas caíram de 52% ao ano, em julho, para 51,8% ao ano, em agosto; no acumulado do ano taxa caiu 3,2 pontos percentuais, pois estava em 55% ao ano no fim do ano passado.

A taxa cobrada das empresas recuou de 20,6% ao ano em julho para 20,4% ao ano na mesma comparação; e, na parcial do ano, recuou 1,2 ponto percentual (pois totalizou 21,6% ao ano no fechamento de 2017).

Spread bancário tem queda

Com a queda dos juros médios de todas as operações das instituições financeiras, o chamado "spread bancário" (diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o que cobram de seus clientes) também recuou no mês passado e na parcial de 2018.

No caso das operações com pessoas físicas e com empresas, o "spread" passou de 29,4 pontos em julho para 28,9 pontos. Para pessoas físicas, recuou de 42,7 pontos em julho 42,2 pontos em agosto. Apesar da queda, esse ainda é um patamar elevado para padrões internacionais.s.

O "spread" é composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência, por custos administrativos, pelos depósitos compulsórios (que são mantidos no Banco Central) e pelos tributos cobrados pelo governo federal, entre outros.

Lucro dos bancos e concorrência

No segundo trimestre deste ano, o lucro dos 4 maiores bancos com ações na bolsa cresceu 17%, para R$ 16,88 bilhões. Segundo dados da Economatica, trata-se do maior lucro consolidado nominal (sem considerar a inflação) desde o 2º trimestre de 2015.

Dados do BC mostram que os quatro maiores conglomerados bancários ? Itaú-Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal ? detinham, no fim de 2017, 78% de todas as operações de crédito feitas por instituições financeiras no país e também 76% dos depósitos.

Recentemente, a instituição informou que a chamada "margem financeira" dos bancos, ou seja, seu lucro, representou 14,04% do custo do crédito em 2017. Nesse estudo, houve mudança da metodologia empregada no cálculo. Pelo formato anterior, o lucro dos bancos representava cerca de 23% do custo do crédito.


Fonte: G1


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