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   Balança bate recorde e fecha 2016 com superávit de U$ 48 bi

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exportações brasileiras superaram as importações em US$ 47,69 bilhões em 2016, informou nesta segunda-feira (2) o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Trata-se do melhor resultado da balança comercial brasileira em toda a série histórica, iniciada em 1989.

Antes de 2016, o maior superávit da balança comercial havia sido registrado em 2006, quando as exportações superaram as importações em US$ 46,45 bilhões.

Exportações e importações caíram

Apesar o saldo recorde, em 2016 as exportações brasileiras caíram 3,18% na comparação com 2015, quando somaram US$ 191,13 bilhões. O superávit só foi possível porque as importações caíram ainda mais: 19,78%, de US$ 171,45 bilhões em 2015 para US$ 137,55 bilhões em 2016.

Quando se considera a média diária, as exportações caíram 3,5%, de US$ 764 milhões para US$ 738 milhões, e as importações caíram 20,1%, de US$ 685 milhões para US$ 548 milhões.

O tombo nas importações se deve principalmente à crise econômica brasileira, que levou à redução da demanda por produtos e serviços produzidos lá fora. O dólar, que se manteve em um valor relativamente alto ao longo de 2016 e encareceu os importados, também contribuiu para essa queda.

O superávit de 2016 superou as expectativas do mercado financeiro. Analistas ouvidos pelo Banco Central previam um saldo positivo de US$ 47,1 bilhões para a balança. O resultado, no entanto, ficou dentro da margem prevista pelo Ministério da Indústria, que estimava superávit de US$ 45 bilhões a US$ 50 bilhões.

Dezembro

Apenas no mês de dezembro, a balança comercial teve superávit de US$ 4,42 bilhões, resultado de exportações que somaram US$ 15,94 bilhões e de importações que atingiram US$ 11,52 bilhões. O saldo comercial é 29,2% menor do que o obtido em dezembro de 2015, quando o superávit comercial somou US$ 6,24 bilhões.

Na comparação com dezembro de 2015, quando as exportações brasileiras somaram US$ 16,78 bilhões, o volume total de exportações no mês passado caiu 5%. Já as importações aumentaram 9,31%, de US$ 10,54 bilhões para US$ 11,52 bilhões.

Conta petróleoDe acordo com o secretário de Comércio Exterior do ministério, Abrão Neto, pela primeira vez na história as exportações brasileiras de petróleos e derivados superou as importações. O saldo da chamada conta petróleo foi um superávit de US$ 410 milhões. Em 2015, a conta petróleo havia registrado um déficit de US$ 5,73 bilhões.

Segundo o secretário, esse saldo histórico decorreu de três fatores: baixo preço do petróleo no mercado internacional, aumento das exportações brasileiras de petróleo e derivados e queda nas importações de petróleo por causa da baixa atividade econômica registrada em 2016.

?O superávit da conta petróleo de 2016 é um superávit conjuntural e não estrutural. No que se pese o aumento da produção brasileira, a tendência no curto e médio prazo é que o Brasil continue como um importador líquido de petróleo e derivados?, afirmou.

ExportaçõesO volume de exportações brasileiras somou, em 2016, 645 milhões de toneladas, um recorde histórico. O secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto, afirmou que os destaques foram o minério de ferro, açúcar, celulose, petróleo, aeronaves e automóveis.

?Com relação aos automóveis, o aumento de 135 mil unidades exportadas representou um aumento de 44,3% em 2016. Esse aumento das exportações teve como principais destinos a Argentina, México, Estados Unidos e Uruguai?, afirmou.

De acordo com Abrão Neto, o volume de exportações de minério de ferro, óleo bruto de petróleo, açúcar de cana em bruto, celulose, minério de alumínio e seus concentrados, carne de frango, suco de laranja não congelado, polímeros de etileno, propileno e estireno e madeira em estilhas ou em partículas foram recordes em 2016.

Abrão Neto destacou ainda o aumento na participação dos produtos industrializados nas exportações brasileiras, que passou de 51,9% em 2015 para 55% em 2016.

Importações

De acordo com o secretário de Comércio Exterior, as importações brasileiras vêm registrando uma redução no ritmo de queda. No primeiro trimestre de 2016, a queda no valor médio diário das importações foi de 33,4%. No quarto trimestre de 2016, a queda foi de 6,1%, o que mostra uma recuperação gradual da atividade econômica do país.

Abrão Neto destacou a queda de 43,1% no valor das importações de combustíveis e lubrificantes em 2016, influenciada pela redução da atividade econômica do Brasil e pela queda no preço desses produtos.

O secretário disse ainda que o Brasil registrou, em 2016, queda nas importações vindas de praticamente todos os países, mas destacou o aumento das importações da Coreia do Sul, Paraguai, Irã, Angola e Moçambique.

Previsões

Para 2017, a previsão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços é de um superávit semelhante ao que ocorreu em 2016, mas com aumento nas exportações e nas importações.

De acordo com Abrão Neto, a confirmação desse resultado, no entanto, depende de diversos fatores como o aumento da safra brasileira de grãos, melhora no preço das commodities minerais ? minério de ferro e petróleo -, alteração no preço das commodities agrícolas ? com previsão de queda no preço de soja e milho e aumento do preço do açúcar bruto ? e também do crescimento da economia mundial e brasileira.

?A previsão de crescimento da economia e do comércio mundiais será em patamares superiores aos de 2016, será um crescimento lento mas superior ao que tivermos no ano passado?, afirmou o secretário.

Fonte: G1


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