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   BC considerou realizar corte maior de juros na última semana

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central considerou, em sua última reunião, realizada na semana passada, promover um corte maior na taxa básica de juros da economia brasileira, mas acabou mantendo o ritmo e baixou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 13,75% ao ano.

Parte dos analistas do mercado financeiro, por conta do cenário recessivo na economia brasileira, já acreditava que o BC poderia intensificar o ritmo de corte dos juros na última semana - realizando um corte de 0,50 ponto percentual, para 13,50% ao ano. Acabou prevalecendo uma posição mais conservadora por parte da autoridade monetária.

De acordo com as notas da última reunião do Copom, divulgadas na manhã desta terça-feira (6), o presidente e diretores do Banco Central, responsáveis por definir os juros básicos da economia, optaram por "aguardar até a próxima reunião" do Comitê, em janeiro do ano que vem, para voltar a discutir a intensificação do processo de corte da taxa Selic.

"Alguns membros do Comitê ponderaram que a evolução favorável da inflação no período recente, os passos positivos no processo de aprovação das primeiras reformas fiscais e a piora nas perspectivas de recuperação da atividade econômica já justificariam uma intensificação do ritmo de flexibilização monetária [corte dos juros] nessa reunião", informou o BC na ata do Copom.

Em seguida, informou, entretanto, que "outros membros do Copom" argumentaram que a "evolução de alguns componentes da inflação mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária continuava indicando pausa [no processo de queda], na margem [nas últimas semanas]". Esses integrantes do Copom também argumentaram que as "incertezas quanto ao possível fim do cenário externo benigno [possível aumento de juros nos EUA] para economias emergentes deveriam diminuir até a reunião do Copom em janeiro".

Por fim, o integrantes do Copom ponderaram que seria "razoável esperar uma intensificação do processo de flexibilização monetária [corte maior de juros] caso a atividade econômica não dê sinais mais claros de retomada, posto que nesse caso as projeções de inflação devem se reduzir".

A menção da possibilidade de um corte maior dos juros em janeiro, nas notas do Copom, já é um indicativo de que o BC pode apertar o passo e baixar mais rapidamente os juros na sua próxima reunião, marcada para os dias 10 e 11 do mês que vem. O mercado financeiro, inclusive, já acredita em sua maioria que os juros sofrerão um corte mais intenso, de 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano, no começo de 2017.

Recessão na economia

Diante de um cenário de recessão na economia, tem crescido a pressão por parte do empresariado para o Banco Central intensificar o processo de corte da taxa básica de juros na economia brasileira - como forma de baratear a realização de novos investimentos e de linhas de crédito para pagar suas dívidas.

No terceiro trimestre, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 0,8% frente aos três meses anteriores. Essa foi a sétima retração seguida nessa base de comparação - a mais longa de toda a série histórica do indicador, que teve início em 1996.

"O conjunto dos indicadores divulgados desde a última reunião do Copom sugere atividade econômica aquém do esperado no curto prazo. Houve reduções nas projeções para o PIB em 2016 e 2017 e interrupção no processo de recuperação dos componentes de expectativas de índices de confiança", informou o Banco Central nas notas do Copom.

Acrescentou que a "economia segue operando com alto nível de ociosidade dos fatores de produção, refletido nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego".

Inflação

Com o cenário de atividade em recessão, o BC informou que a "inflação recente mostrou-se mais favorável que o esperado, em parte em decorrência da reversão da alta de preços de alimentos, mas também com sinais de desinflação mais difundida".

O Banco Central fixa a taxa básica de juros com base no sistema de metas de inflação, ou seja, olhando para frente. Para 2017 e 2018, a meta central de inflação, determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4,5%. Entretanto, o sistema prevê um piso e um teto, que é de inflação de 6% nestes dois anos.

De acordo com a autoridade monetária, suas projeções para a inflação em 2017 estão entre 4,4% e 4,7%, respectivamente, ou seja, ao redor da meta central de 4,5% fixada para o ano que vem. Para 2018, o Banco Central informou que suas estimativas estão entre 3,6% e 4,6%.

Fonte: G1


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