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   BC prevê estouro da meta de inflação e possível recessão

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O Banco Central admitiu nesta quinta-feira (26), pela primeira vez, que a inflação deve estourar a meta este ano, e que a economia brasileira deve ter retração. Em seu relatório de inflação do primeiro trimestre, o BC mostra que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em quase 8%. Já o Produto Interno Bruto (PIB) deve encolher 0,5%.

Em 2014, a estimativa do BC é que o PIB tenha recuado 0,1%. Em dezembro, a instituição estimava uma alta de 0,2% para o PIB do ano passado. O dado oficial será divulgado nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, não pode ser descartada uma possível recessão técnica na economia brasileira ? que se caracteriza por dois trimestres seguidos de recuo do nível da atividade econômica.

Segundo a autoridade monetária, a evolução da demanda doméstica sofre os efeitos de "níveis reduzidos dos indicadores de confiança; pela interrupção dos ciclos de expansão robusta do emprego, dos rendimentos e do crédito; e pelos efeitos defasados de políticas monetária e fiscal mais restritivas [alta de juros, de tributos e cortes de gastos]".

O BC avaliou ainda que os ajustes da política econômica que estão sendo feitos pelo governo, ainda que se "traduzam em vetores contracionistas no curto prazo", impactando para baixo o nível de atividade neste ano, "constituem-se elementos essenciais para preservação do ambiente macroeconômico favorável, recuperação da confiança dos agentes e retomada do crescimento sustentável da atividade no médio prazo".

Comparativos
A previsão do Banco Central para o PIB de 2015, apesar de negativa, ainda está melhor do que a dos economistas do mercado financeiro, cuja expectativa é de uma contração de 0,83% no PIB. Se confirmado, será o maior recuo desde 1990 ? ou seja, em 25 anos, quando a economia teve contração de 4,39%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e serve para medir a evolução da economia. Em 2013, a economia cresceu 2,5%.

Inflação em 2015
A previsão do Banco Central para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de cerca de 6%, em dezembro do ano passado, para cerca de 8% no relatório de inflação divulgado nesta quinta-feira. A estimativa do BC, porém, está um pouco abaixo dos 8,12% previstos pelo mercado financeiro para 2015.

No cenário de referência, cuja previsão era de 6,1% em dezembro, a estimativa avançou para 7,9%. No cenário de mercado (que considera as previsões dos analistas dos bancos para câmbio e juros nos próximos meses), a estimativa do BC, que estava em 6% em dezembro, passou também para 7,9% agora neste mês.

Segundo o Banco Central, a probabilidade de a inflação ficar acima do teto do sistema de metas, em 2015, é de cerca de 90% tanto no cenário de referência quanto no de mercado.

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação oficial do país, medida pelo IPCA-15, ficou em 1,24% em março. No acumulado de 12 meses, o índice foi para 7,9%, o maior desde maio de 2005 (8,19%). Em março de 2014, o IPCA-15 havia sido 0,73%. No ano, a taxa é de 3,5%.

Segundo analistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressionam fortemente os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.

Fonte: G1


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