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   Bradesco compra operações do HSBC no Brasil por R$ 17,6 bi

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O HSBC anunciou nesta segunda-feira (3) que vendeu sua subsidiária brasileira para o Banco Bradesco em uma operação que movimentou US$ 5,2 bilhões, o equivalente a R$ 17,6 bilhões.

Com a operação, o Bradesco encosta em seu maior concorrente, o Itaú, maior banco privado do país, com ativos de R$ 1,2 trilhão.

?Temos a grata satisfação de anunciar que nós chegamos a um bom termo?, afirmou, em teleconferência nesta segunda-feira (3), o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi. ?O Bradesco desde 1943 já realizou 48 aquisições. A relevância da presença do HSBC no mercado brasileiro supera todas as aquisições anteriores?.

De acordo com comunicado do Bradesco, com a aquisição, o banco assumirá todas as operações do HSBC no Brasil, incluindo varejo, seguros e administração de ativos, bem como todas as agências e clientes.

O HSBC manterá sua presença no Brasil para as grandes empresas.

A venda, que ainda requer aprovação regulatória e foi selada em 31 de julho, pode ser concluída até junho de 2016.

Por volta das 12h30, as ações do Bradesco caiam mais de 2%, enquanto o Ibovespa recuava 0,88%.

O valor da aquisição ficou acima do esperado pelo mercado. Em relatório, analistas do Credit Suisse consideraram que a transação faz sentido estratégico e financeiro para o Bradesco por implantar de forma mais eficaz o excesso de capital, dada a perspectiva de fraco crescimento do crédito nos próximos anos.

Já o BTG Pactual considerou estratégica a operação dado o frágil cenário macroeconômico do país, que tem dificultado cada vez mais manter elevados níveis de retorno, inclusive para o rival Itaú Unibanco, que tem rentabilidade maior.

O Bradesco informa que os clientes do HSBC continuarão a ser atendidos "da forma habitual" e, após a conclusão da operação, passarão a contar com todos os produtos, serviços e comodidades oferecidos pelo Bradesco.

"A aquisição proporcionará vários benefícios para os clientes de ambas as instituições, tais como o aumento da cobertura e da rede de atendimento em todo território nacional e acesso aos produtos distribuídos pelas duas instituições", afirma comunicado do Bradesco.

A venda ao Bradesco de sua filial "constitui uma etapa importante na execução das medidas anunciadas aos acionistas em 9 de junho", afirma o HSBC em um comunicado.

Sem definição sobre cortes
Questionado durante teleconferência realizada nesta segunda-feira sobre possíveis cortes de empregos ou de agências, Trabuco Cappi não deu detalhes sobre o assunto.

?Você não faz uma aquisição desse porte olhando o corte de agências ou previsão de funcionários, os elementos balizadores é o que isso agrega ao nosso tamanho, nossa eficiência e capacidade de competição no mercado. O processo de integração será primeiramente analisado por um comitê de transação, as autoridades terão de se manifestar sobre a aprovação da operação, e depois teremos condições de comentar algum detalhe sobre essa informação?, disse.

No final do ano passado, o número total de empregados do HSBC no Brasil era de cerca de 21 mil trabalhadores.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Finaceiro (Contraf-CUT) solicitou uma reunião com os dois bancos para discutir a  manutenção dos empregos.

?Vemos com preocupação a venda do banco. Temos mais de 20 mil trabalhadores em todo o país e milhões de clientes. O processo de fusão/aquisição não pode gerar danos ainda maiores para os consumidores, empresas e trabalhadores?, disse Juvandia Moreria, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

Segundo dados da confederação, somente a fusão do Itaú com o Unibanco resultou no fechamento de mais de 15 mil pontos de trabalho no país. Já a compra do Banco Real pelo Santander teria provocado o corte de 2.969 trabalhadores.

Foco no mercado doméstico
Trabuco Cappi ressaltou que se trata de um processo de complementariedade, de fortalecimento da franquia.

Questionado em relação a planos futuros de investir no mercado externo, Trabuco disse que  o mercado doméstico é o foco do banco. ?Não temos nada de perspectiva em relação ao mercado externo, o nosso foco é o mercado brasileiro, onde temos nosso maior valor de ativos?, disse.

Fonte: G1


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