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   CMN autoriza empréstimo do BC a bancos

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O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou o Banco Central a conceder empréstimos a instituições financeiras tendo como garantia as carteiras de crédito dessas instituições, medida que tem o potencial de aumentar em até R$ 650 bilhões a chamada "liquidez" do sistema financeiro, ou seja, os recursos disponíveis para que os bancos façam empréstimos.

O empréstimo a bancos faz parte de um pacote de medidas anunciado pelo BC em março, que prevê a injeção de R$ 1,216 trilhão no mercado financeiro, e que tem o objetivo me aumentar a oferta de crédito no país em meio à crise na economia brasileira gerada pela pandemia do novo coronavírus.

Segundo o BC, as operações de empréstimos com garantia das carteiras de crédito dos bancos terão prazo de, no mínimo, 30 dias e, no máximo, 359 dias corridos. A instituição informou que essa é uma Linha Temporária Especial de Liquidez, e que ainda estabelecerá os critérios e as condições operacionais. 

Banco Central anuncia novas medidas para injetar quase R$ 1 trilhão na economia

"A adoção de linhas especiais de liquidez por BCs tendo como lastro operações de crédito tem sido instrumento amplamente anunciado e utilizado pelos principais BCs do mundo como uma das respostas à crise, dentro de seus arcabouços de competência, tendo em conta os mesmos objetivos", informou o BC. 

A fim de conferir maior segurança à operação, explicou a instituição, os créditos serão concedidos pelo BC mediante a emissão de uma Letra Financeira Garantida (LFG), em depositário central.

O BC informou ainda que serão aceitos créditos com níveis de risco avaliados como AA, A e B, mediante exigência de garantia em valor superior ao do empréstimo, de forma proporcional ao risco das operações de crédito ofertadas em garantia.

Aumento de juros bancários

Apesar de os bancos estarem com mais recursos em mãos, liberados pelo Banco Central, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, admitiu na semana passada que em um cenário de maior incerteza na economia e de demanda maior das empresas por limites de crédito pré-disponibilizados pelos bancos, está havendo aumento nas taxas de juros nos empréstimos.

?É importante entender que, quando tem incerteza, as pessoas querem estocar alimentos para atravessar esse período. O mesmo acontece no mercado financeiro. Quando tem incerteza, as empresas tendem a querer ter o máximo de caixa possível. Quando esse cenário se desenvolve, as empresas fazem requerimento de ter o máximo de linhas possíveis", disse ele, naquele momento.

Acrescentou, ainda na semana passada, que os bancos, ao perceberem esse movimento, começam a levar isso em consideração na "precificação" das linhas de crédito. "E entendendo que a crise pode gerar inadimplência maior, começa a precificar risco de uma forma maior?, explicou ele.

O presidente do BC disse, na ocasião, que isso já havia sido percebido pela instituição, e que essa foi uma das razões para o anúncio de medidas de injeção de liquidez (disponibilização de recursos) para as instituições financeiras.

?Fizemos medidas para melhorar a situação. Percebemos e nos antecipamos bastante em relação a isso. Fizemos medidas se compulsórios [liberação de recursos antes mantidos no BC] antes das pessoas entenderem que essa crise iria gerar distanciamento social e condições apertadas de liquidez, e depois fizemos mais uma rodada de medidas?, declarou.

Apesar da injeção de liquidez no sistema financeiro, os bancos têm sido criticados por empresários por reter empréstimos em meio ao cenário de incerteza na economia.

Questionado sobre a possibilidade de o BC adotar medidas semelhantes aos Estados Unidos, de recomprar títulos públicos, o chamado ?quantitative easing?, Campos Neto afirmou, na última semana, que o BC não tem as ferramentas para fazer compra direta de crédito.

Fonte: G1


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