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   Copom vê recuperação parcial da economia

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avaliou que dados recentes sugerem uma recuperação parcial da atividade econômica brasileira. É o que informa a ata da última reunião do colegiado divulgada nesta terça-feira (11).

Para o comitê, a imprevisibilidade e os riscos associados à evolução da pandemia do novo coronavírus podem implicar um cenário doméstico caracterizado por uma "retomada ainda mais gradual (lenta) da economia".

"Os programas governamentais de recomposição de renda têm permitido uma retomada relativamente forte do consumo de bens duráveis e até do investimento. Contudo, várias atividades do setor de serviços, sobretudo aquelas mais diretamente afetadas pelo distanciamento social, permanecem bastante deprimidas", informou.

Na reunião da qual trata a ata, o Copom fez um novo corte da taxa básica de juros da economia brasileira, de 2,25%  ao ano para a mínima histórica de 2% ao ano.

Os economistas do mercado financeiro estimam uma retração de 5,62% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano, ao mesmo tempo em que o Ministério da Economia projeta um tombo de 4,7% para a economia em 2020.

"Com relação à economia internacional, os dados já disponíveis para o PIB do segundo trimestre não surpreenderam, mas evidenciaram que a profundidade da atual retração econômica só é comparável a da Grande Depressão [de 1929]", acrescentou a instituição.

De acordo com o BC, há "alguns sinais promissores de recuperação" que, porém, se mostra incompleta.

O BC reiterou que manter o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável do PIB.

"O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia", acrescentou.

Cautela sobre novos cortes nos juros

O Banco Central também informou que, em sua visão, o país já estaria próximo do nível a partir do qual reduções adicionais na taxa de juros poderiam gerar instabilidade nos preços de ativos (alta do dólar, por exemplo). Assim, a instituição indicou cautela sobre a possibilidade de novos cortes.

"O Comitê concluiu que eventuais novas reduções na taxa de juros exigiriam cautela e gradualismo adicionais. Para tal, se necessárias, novas reduções de juros demandariam maior clareza sobre a atividade e inflação prospectivas e poderiam ser temporalmente espaçadas", informou a instituição.

O mercado financeiro estima que taxa básica de juros permaneça no atual patamar de 2% ao ano até setembro do ano que vem, quando voltaria a subir, terminando 2021 em 3% ao ano.

O Copom também considerou a utilização de uma chamada "prescrição futura" (forward guidance) como instrumento de política monetária adicional, ou seja, de definição da taxa de juros para controle da inflação ? considerando as metas prefixadas.

Avaliou que países emergentes são mais suscetíveis ao contágio de crises externas e que, por isso, o uso de tal instrumento torna-se "mais desafiador".

"Para adequar a prescrição futura ao dinamismo dos limites impostos por questões prudenciais, o Comitê ponderou que ele deveria ter uma intenção de política assimétrica, em que, satisfeitas as condições necessárias, o Copom não elevaria a taxa de juros, mas poderia reduzi-la", informou. Concluiu dizendo que um eventual novo corte de juros estaria condicionado às expectativas de inflação e à manutenção do regime fiscal (controle das contas públicas).

Fonte: G1


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