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   Dólar opera instável após BC reduzir intervenção

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O dólar oscila entre altas e baixas ante o real nesta quinta-feira (18), com as expectativas de que o Federal Reserve seja gradual ao elevar os juros nos Estados Unidos e compensando o impacto da sinalização de que o Banco Central deve reduzir ainda mais o ritmo de intervenção no câmbio.

Às 12h59, a moeda norte-americana recuava 0,47%, negociada a R$ 3,0434 na venda.

"O BC repetiu a dose e aproveitou o momento de bom humor nos mercados externos para reduzir a rolagem (de swaps), o que não é tão surpreendente. A fraqueza da moeda norte-americana no exterior prevalece", afirmou o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.

Na véspera, o Fed indicou que a economia dos Estados Unidos provavelmente está forte o suficiente para alta de juros neste ano, mas reduziu sua projeção de crescimento econômico. A manobra foi interpretada por investidores como uma sinalização de que "ele quer subir juros, mas ainda não está confortável para isso", disse Correa.

A reação do mercado foi reduzir as cotações do dólar globalmente, uma vez que postura mais gradual do Fed manteria a atratividade de ativos de outros países. Operadores esperam, de forma geral, que o aperto monetário tenha início em setembro nos EUA. No Brasil, ajudou ainda a expectativa de ingresso de recursos diante da perspectiva de mais altas da Selic.

Após o fechamento do mercado, o BC anunciou para esta sessão leilão de até 5,2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólar, para rolagem do lote que vence em julho. Até a véspera, a autoridade monetária vinha ofertando até 6,3 mil contratos e, antes disso, até 7 mil.

O BC vendeu a oferta total no leilão de rolagem nesta manhã. Com isso, repôs o equivalente a 4,187 bilhões de dólares ao todo, ou por volta de 48% do lote total, que corresponde a 8,742 bilhões de dólares.

Se mantivesse as ofertas de até 6,3 mil contratos por dia até o penúltimo pregão do mês, como de praxe, o BC rolaria cerca de 74% do lote de julho. Com a oferta menor, essa  proporção cairia para por volta de 69%.

"Não muda a tendência do câmbio, que deve ficar um pouco acima de 3 reais em função da fraqueza do dólar no mundo. No máximo, suaviza um pouco as quedas, porque adiciona um pouco de risco a quem quer especular na baixa", disse o gestor de um importante banco internacional, que pediu anonimato.

Na semana passada, quando aconteceu a primeira redução, analistas interpretaram que o BC indicou que está disposto a tolerar um dólar mais valorizado para incentivar a atividade econômica, via exportações, em um momento em que eleva os juros para domar a inflação.

Desde agosto de 2013, o órgão trabalha com o compromisso de recompra da moeda, para conter o avanço do dólar frente ao real. Os leilões diários de "swaps cambiais" funcionam como venda de divisas no mercado futuro, além de venda de dólares com compromisso de recompra. O objetivo é fornecer "hedge" (proteção contra a flutuação cambial) e evitar maiores pressões sobre o câmbio.

O BNP Paribas elogiou em nota a clientes a decisão de reduzir novamente a rolagem, ressaltando que o momento atual é a "melhor oportunidade" para reduzir o estoque de swaps e compensar uma política monetária apertada sem gerar volatilidade. Além disso, o banco destacou que a postura cautelosa do Fed contribui para atrair recursos para o Brasil, o que permite que o BC seja mais agressivo.

A moeda norte-americana recuou 1,2% na quarta-feira (17), negociada a R$ 3,0579 na venda, no menor valor em quase um mês.

Fonte: G1


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