Home
Agex
Serviços
Publicações
Notícias
Carreiras
Contato
Notícias
   Economia britânica avança no 2º trimestre antes de referendo

model-1

A economia do Reino Unido acelerou no segundo trimestre --no final do qual o país decidiu deixar a União Europeia-- impulsionada pela maior retomada na produção industrial desde 1999.

O Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre superou as expectativas ao crescer 0,6%, contra 0,4% nos três primeiros meses do ano, informou a Agência Nacional de Estatísticas.

O PIB nos três meses até junho foi 2,2% maior do que um ano antes, o crescimento anual mais forte em um ano e que superou a expectativa de que permaneceria 2%.

Em junho, os britânicos decidiram em referendo, por mais de 1,2 milhão de votos de 

diferença, deixar a União Europeia (UE).

Assim como os outros países do bloco, o Reino Unido também faz contribuições financeiras à União Europeia. A quantia total arrecadada entre todos os países-membros é repartida de forma equitativa.

Um dos argumentos dos britânicos a favor da saída do bloco é de que o Reino Unido mais contribui com a UE do que recebe recursos. Isso porque os fundos pagos pelo Reino Unido para o orçamento europeu contribuem para financiar programas e projetos em todos os países da UE. O Reino Unido também tem projetos financiados por fundos estruturais e de investimento do bloco.

No entanto, a soma da contribuição britânica com a UE é maior do que os gastos do bloco com o Reino Unido. Segundo dados da própria União Europeia, em 2014 o Reino Unido contribuiu com ? 11,3 bilhões à UE, o que corresponde a 0,52% de seu rendimento nacional bruto. Em contrapartida, as despesas do bloco com o país foram de ? 6,9 bilhões, ou 0,32% do rendimento bruto.

O professor Otto Nogami, do MBA do Insper, aponta os prejuízos internos sofridos pelo Reino Unido graças a esse ?desequilíbrio monetário?, com mais saída que entrada de dinheiro no país. ?Isso acaba criando uma pressão inflacionária maior, domesticamente falando?, diz.

Mas Paulo Figueiredo, diretor de operações da FN Capital, aponta que os impactos econômicos para o Reino Unido vão além dessa diferença entre contribuição para a UE e investimentos recebidos. Segundo o especialista, a receita britânica deve cair sem a livre circulação de mercadorias e pessoas entre os países do bloco.

?O Reino Unido contribui mais do que se recebe, mas se isolando no bloco essa conta talvez não vá fechar. Será muito mais difícil se ter uma receita sem o livre trânsito de mercadorias e pessoas. Esse ganho que o Reino Unido tinha com a União Europeia vai cair muito.?

O professor do curso de Relações Internacionais da FAAP Marcus Vinicius de Freitas lembra, no entanto, que o desejo de reorganização da economia pode ser justamente o fator que motiva muitos britânicos a votarem pela saída do bloco. ?Existem regras da União Europeia com relação ao sistema financeiro, bancário, administração das finanças públicas. O que os britânicos questionam é que o projeto da UE não é o que eles ambicionam?, diz o especialista.

Fonte: G1


Notícias

Publicações

Nosso Site