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   Eletrobras lucra R$ 12,7 bilhões no 2º trimestre

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A estatal Eletrobras teve lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 12,7 bilhões no segundo trimestre, ante prejuízo de R$ 1,36 bilhão no mesmo período de 2015, segundo resultado divulgado na noite de segunda-feira, influenciado principalmente pela contabilização de indenizações bilionárias que a companhia receberá a partir de 2017.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização da Eletrobras (Ebitda) somou 23,39 bilhões de reais no período.

A definição de regras para que a Eletrobras receba a partir do próximo ano bilhões em indenizações por ter renovado antecipadamente e com receita menor contratos de concessão de ativos de transmissão de suas subsidiárias no final de 2012 gerou impacto líquido de R$ 17,04 bilhões no segundo trimestre.

Também influenciou positivamente o trimestre a reversão de uma provisão de R$ 1 bilhão referente a processos judiciais, que teve efeito líquido de R$ 394 milhões no resultado do exercício.

Por outro lado, a companhia realizou uma provisão de R$ 4,09 bilhões referente a impairment na usina nuclear de Angra 3.

A receita operacional líquida da estatal somou R$ 33,085 bilhões, ante R$ 8,2 bilhões no mesmo período de 2015.

Segundo a Eletrobras, a baixa feita em Angra 3 pode ser explicada pela nova postergação na data prevista para início de operação da usina, atualmente com obras paradas, que passou para dezembro de 2022, que aumenta o orçamento do empreendimento.

Corrupção

Na véspera, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho disse que as provisões já realizadas pela Eletrobras deveriam ser suficientes para cobrir o impacto de eventuais perdas por casos de corrupção relacionados à estatal elétrica.

Em entrevista a jornalistas após reunião com empresários em São Paulo, ele disse que a Eletrobras não precisará realizar outras baixas contábeis relacionadas a desvios investigados pela Operação Lava Jato, após uma série de impairments de ativos anunciados em seus últimos balanços.

Os desvios eventualmente detectados em obras da companhia são atualmente alvo de uma investigação conduzida por auditores independentes e pelos norte-americanos do escritório Hogan Lovells.

Segundo depoimentos colhidos na Lava Jato, que apura suspeitas de corrupção em estatais, empresas privadas e partidos políticos, teria havido cobrança de propinas por executivos da Eletrobras e membros do governo em empreendimentos como a usina nuclear de Angra 3 e a hidrelétrica de Belo Monte, ambos atualmente em construção.

"Na verdade, a Eletrobras já tem provisionado um bom valor. Pelas informações que a gente tem tanto da auditoria independente quanto das empresas internacionais, o valor que está provisionado é suficiente para cobrir qualquer tipo de prejuízo", disse o ministro.

De acordo com ele, a companhia estatal trabalha para concluir as investigações o quanto antes e assim poder apresentar em outubro documentos exigidos pelo regulador do mercado acionário norte-americano os formulários 20-F da Eletrobras estão atrasados devido à recusa dos auditores em assiná-los antes do encerramento das apurações sobre corrupção.

"Não posso garantir com toda ênfase... mas estamos trabalhando para que todo esse movimento e esse esforço da investigação possa dar o conforto à auditoria independente para assinar o balanço", disse Coelho Filho.

O atraso na entrega dos formulários ao regulador norte-americano e à bolsa de Nova York fez com que a negociação de ações da Eletrobras nos Estados Unidos fosse suspensa em maio.

O ministro disse que a estatal terá seu caso analisado pelo regulador dos EUA, a SEC, em outubro.

Fonte: G1


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