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   OCDE melhora projeção para PIB do Brasil

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A recessão mundial será menos profunda que o previsto inicialmente em 2020 e a economia global parece estar se recuperando do baque provocado pelo coronavírus mais rápido do que se imaginava há alguns meses, afirmou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em suas novas projeções publicadas nesta quarta-feira (16).

Por outro lado, a OCDE avalia que o ritmo de recuperação em 2021 será menos intenso do que o estimado anteriormente.

A organização estima agora que a economia mundial está a caminho de contrair 4,5% este ano. A projeção, sem precedentes na história recente, representa uma melhora ante a queda de 6% prevista em junho.

Já para 2021, a projeção é de um crescimento de 5%, ante estimativa anterior de alta de 5,2%. Entretanto, uma retomada mais forte do vírus ou medidas mais rigorosas para contê-lo podem cortar 2 a 3 pontos percentuais da projeção para 2021, alertou a OCDE.

Para o Brasil, a OCDE passou a projetar uma queda de 6,5% em 2020, ante estimativa anterior de tombo de 7,4%. Para 2021, a projeção é de alta de 3,6%.

A OCDE destaca, no entanto, que "as perspectivas são muito incertas, porque dependem das hipóteses relativas à propagação do vírus e à evolução das políticas macroeconômicas".

A projeção da OCDE para o Brasil é mais pessimista que a do mercado brasileiro, que prevê uma queda de 5,11% do PIB do Brasil em 2020, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.

China será exceção de alta

As projeções da OCDE mascaram "diferenças consideráveis entre os países". A China, com previsão de alta de 1,8% do PIB em 2020, será o único país do G20 de potências econômicas a registrar crescimento em 2020. Já a Índia, onde a pandemia chegou alguns meses mais tarde, deve registrar queda de 10,2% do PIB.

Para os Estados Unidos, a OCDE prevê queda do PIB de 3,8% em 2020, contra queda de 7,3% projetada anteriormente.

A Alemanha (-5,4%) deve registrar um resultado melhor que o da zona do euro (-7,9%). França (-9,5%), Itália (-10,5%) e Reino Unido (-10,1%) sofreriam quedas mais expressivas.

Já para a Argentina e para a África do Sul, a estimativa é de tombos de 11,2% e 11,5%, respectivamente.

Necessidade de continuidade de políticas de apoio

A OCDE disse que as ações de governos e bancos centrais para sustentar as rendas de famílias e empresas ajudaram a evitar contrações piores e devem portanto ser mantidas.

A análise da organização é clara: sem a reação rápida e em larga escala dos governos, e sem a intervenção consequente dos bancos centrais, "a contração da atividade teria sido muito mais importante".

Por este motivo, a OCDE faz um apelo para que os Estados continuem com o apoio às atividades em 2021, levando em consideração que a "incerteza continua elevada e a confiança frágil".

O mundo teme uma segunda onda da pandemia, que já provocou quase 930.000 mortes, e intensifica as medidas para tentar conter a propagação. Israel, por exemplo, decidiu retomar o confinamento geral da população. A Inglaterra aplica uma limitação rígida das reuniões.

Fonte: G1


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