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   Prévia da inflação oficial desacelera e fica em 0,13%

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O índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, desacelerou de 0,64% em julho para 0,13% em agosto, conforme divulgado nesta quinta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, esta é a menor taxa do IPCA-15 para um mês de agosto desde 2010, quando ficou em -0,05%. No acumulado do ano, a variação foi de 3,14%. Já o acumulado dos últimos 12 meses ficou em 4,30%, abaixo dos 4,53% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Para o cálculo do IPCA-15, o IBGE mediu a variação dos preços no período de 13 de junho a 13 de julho.

O que mais influenciou a desaceleração do índice foram os preços do grupo de Transportes, que registraram deflação de -0,87%, o que representou o maior impacto negativo na composição do indicador (-0,16 p.p).

A deflação neste grupo, segundo o IBGE, se deu em função da queda observada nos preços das passagens aéreas (- 26,01%), que correspondeu ao principal impacto negativo no índice do mês (-0,10 p.p.). Também contribui a redução de 1,32% nos preços dos combustíveis, que vieram em queda pelo segundo mês seguido, com reduções nos preços médios do etanol (-5,80%), do óleo diesel (- 0,50%) e da gasolina (-0,40%).

Já as principais pressões sobre o índice partiriam dos grupos de Habitação (1,10%) e Saúde e cuidados pessoais (0,55%), cujos preços tiveram alta, respectivamente, de 1,10% e 0,55% em agosto.

A alta no grupo Habitação (1,10%) foi influenciada, principalmente, por reajustes nos preços da energia elétrica, que tiveram alta de 3,59% no país. Segundo o IBGE, este foi maior impacto individual no índice do mês, com 0,14 p.p.

Os principais reajustes nas tarifas de energia elétrica foram de 15,84% por uma das concessionárias pesquisadas em São Paulo, em vigor desde 4 de julho, e o reajuste médio de 12% registrado em Belém, vigente desde 7 de agosto.

Em Saúde e cuidados pessoais a alta foi puxada pelo item plano de saúde, que teve alta de 0,81%, refletindo o reajuste de 10% autorizado em 27 de junho pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) com vigência retroativa a maio, aplicado nos planos individuais novos (contratos vigentes a partir de 1999).

Alta dos alimentos perde força

O IBGE destacou que os preços dos alimentos, grupo de consumo que responde por cerca de 1/4 das despesas das famílias, desacelerou de 0,61% em julho para 0,03% em agosto. A principal influência para esta desaceleração partiu da alimentação no domicílio, que recuou -0,43% devido à redução nos preços itens importantes no consumo dos brasileiros como cebola (-29,72%), tomate (-16,41%) e batata-inglesa (-15,49%).

Também tiveram quedas os preços das carnes, que haviam apresentado alta de 1,10% em julho e recuaram 1,39%, e das frutas (-1,97%) ? segunda queda consecutiva.

Dentre os produtos que tiveram altas nos preços em agosto, destacam-se o leite longa vida (3,58%), o arroz (2,11%) e o pão francês (1,34%).

Já a alimentação fora do domicílio acelerou de 0,38% em julho para 0,84% em agosto. As principais altas foram para o lanche (1,63%) e a refeição (0,67%).

Veja as variações dos grupos pesquisados:

Meta de inflação

Em meio à recuperação lenta da economia e demanda fraca, a previsão dos analistas do mercado financeiro aponta para uma inflação de 4,5% em 2018, conforme a última pesquisa Focus do Banco Central (BC).

O percentual esperado pelo mercado continua abaixo da meta de inflação que o Banco Central precisa perseguir neste ano, que é de 4,5% e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema ? a meta terá sido cumprida pelo BC se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar entre 3% e 6%.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

Metodologia

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de julho a 13 de agosto e comparados com aqueles vigentes de 14 de junho a 12 de julho de 2018 . O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica do levantamento.


Fonte: G1



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