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   Rombo nas contas públicas recua 20% em setembro

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As contas do setor público consolidado, que englobam o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais, registraram rombo R$ 21,25 bilhões em setembro,  informou o Banco Central nesta segunda-feira (30).

Isso significa que as despesas do governo federal, estados, municípios e estatais, somadas, superaram o total de suas receitas neste valor. Essa conta é feita pelo conceito primário, que não inclui os gastos com juros da dívida pública.

Os números do BC mostram que o rombo de setembro foi 20% menor que o registrado no mesmo mês do ano passado (R$ 26,64 bilhões). A comparação com o mesmo período de anos anteriores é considerada mais apropriada por especialistas.

Esse foi o melhor resultado para setembro desde 2015, segundo dados da autoridade monetária, quando o déficit primário somou R$ 7,31 bilhões.

Acumulado do ano

Já no acumulado dos nove primeiros meses deste ano, o déficit fiscal das contas públicas, ainda no conceito que não contabiliza os juros da dívida pública, atingiu R$ 82,11 bilhões.

Com isso, houve melhora em relação ao mesmo período do ano passado, quando o rombo fiscal somou R$ 85,5 bilhões.

De acordo com o Banco Central, o rombo nos nove primeiros meses de 2017 ocorre pelo desempenho das contas do governo federal, que registraram resultado negativo de R$ 100,87 bilhões.

Estados e empresas estatais, ao contrário, tiveram superávit, ou seja, despesas menores que receitas, de R$ 17,61 bilhões e R$ 1,14 bilhão, respectivamente, no mesmo período. Esses resultados contribuíram para reduzir o rombo do setor público consolidado.

Após despesas com juros

Quando se incorpora na conta os juros da dívida pública, no conceito conhecido no mercado como resultado nominal, utilizado para comparação internacional, o resultado negativo sobe para R$ 53,3 bilhões, em setembro, e R$ 385 bilhões, nos nove primeiros meses do ano, o equivalente a 7,94% do Produto Interno Bruto (PIB).

Já em 12 meses até setembro deste ano, o rombo fiscal somou R$ 567 bilhões, o equivalente 8,75% do PIB  - valor elevado para padrões internacionais e, também, para economias emergentes.

Esse número é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores.

O resultado nominal das contas do setor público sofre impacto dos juros básicos da economia (taxa Selic), fixados pelo Banco Central para conter a inflação.

Atualmente, a Selic está em 7,5% ao ano e o Brasil está em terceiro lugar no ranking mundial dos maiores juros reais (após descontada a inflação).

Dívidas líquida e dívida bruta

Segundo o Banco Central, a dívida líquida do setor público (governo, estados, municípios e empresas estatais) avançou para R$ 3,29 trilhões em setembro, ou 50,9% do PIB. Em agosto, era de R$ 3,24 trilhões, ou 50,2% do PIB.

A dívida líquida considera os ativos do país como, por exemplo, as reservas internacionais ? atualmente ao redor de US$ 370 bilhões.

No caso da dívida bruta do setor público, uma das principais formas de comparação internacional e que não considera os ativos dos países, como as reservas cambiais, o endividamento brasileiro também cresceu. Esse indicador é acompanhado mais atentamente pelas agências de classificação de risco.

Em agosto de 2017, a dívida bruta estava em 73,7% do PIB (R$ 4,76 trilhões), e avançou para 73,9 % do Produto Interno Produto Interno Bruno, ou R$ 4,78 trilhões, em setembro deste ano - novo recorde de série histórica revisada, que começa em dezembro de 2006. 

A dívida bruta cresceu em setembro apesar de o governo ter recebido de volta R$ 33 bilhões em valores que haviam sido emprestados ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Meta fiscal

Para todo ano de 2017, o objetivo foi revisado de um déficit primário (despesas maiores do que receitas, sem contar os juros da dívida pública) de até R$ 143,1 bilhões para um rombo de até R$ 163,1 bilhões para as contas do setor público consolidado.

No ano passado, o rombo fiscal somou R$ 155,7 bilhões, o maior da história. Em 2015, o déficit fiscal totalizou R$ 111,24 bilhões. A consequência de as contas públicas registrarem déficits fiscais seguidos é a piora da dívida pública e mais pressões inflacionárias.

Para tentar fechar as contas neste ano, o governo anunciou a instituição do IOF para cooperativas e da tributação sobre combustíveis, além do bloqueio de cerca de R$ 33 bilhões em gastos públicos.

Além disso, também contou com pelo menos R$ 12,1 bilhões da concessão de usinas hidrelétricas em Minas Gerais e com R$ 3,8 bilhões de blocos de petróleo e gás, mas arrecadará menos com o novo Refis, parcelamento de tributos atrasados.

Fonte:G1


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